Desempenho positivo

Texto: Redação Revista Anamaco

Dados da Associação Latino-Americana do Aço (Alacero) mostram que, nos quatro primeiros meses do ano, a produção de aço bruto foi 6,6% menor em relação ao mesmo período de 2022, totalizando 19,4 mil toneladas (Mt). 
Em abril, a produção foi de 4,9 Mt, o que representa um valor 5,6% inferior ao de abril de 2022 e 0,6% abaixo do mês anterior. De acordo com Alejandro Wagner, diretor Executivo da Alacero, os números são explicados pela queda mensal de 8,1% na produção de Forno Elétrico (2,3 Mt), enquanto a produção de Altos Fornos aumentou 7,2% (2,6 Mt) em relação a março.
No quarto mês de 2023, a produção de laminados foi de 4,5 Mt, ou seja, 1,1% menor do que em abril de 2022 e 3,7% inferior a março. Os tubos sem costura, por sua vez, caíram 11,6% no mês, enquanto os aços longos cederam 5,4% e os planos recuaram 1,5%. No quadrimestre, ficou 2,1% abaixo do mesmo período do ano anterior, com 17,8 Mt total.
O setor da construção moderou o seu ritmo de contração em março. Embora tenha permanecido no vermelho desde setembro de 2022, a atividade caiu 1,4% na comparação anual em março, uma taxa ligeiramente inferior aos 2,4% registrados em fevereiro.
A queda foi impulsionada pelo fraco desempenho no Peru, Chile e Colômbia (com recuos de 12,4%, 8,4% e 7,5%, respectivamente). A dinâmica positiva, mas moderada, do setor no México e na Argentina (+2,1% e +1,2% a/a, respectivamente) não conseguiu compensar a queda no restante da região.
A produção industrial, por sua vez, voltou a ter terreno positivo em março. Depois de cair 0,7% ao ano em fevereiro, a atividade manufatureira mostrou uma recuperação moderada durante o terceiro mês do ano (+0,8% a/a).
Na análise da entidade, embora o setor acumule apenas dois recordes negativos nos últimos 15 meses, o comportamento recente denota uma estagnação acentuada (em particular, desde agosto de 2022). A alta no nível regional foi liderada pela Argentina, que registrou alta de 3,1% na comparação anual, seguida do México e do Brasil com avanços mais moderados (+1,1% e +0,9%, respectivamente). Chile, Colômbia e Peru caíram 5,5%, 0,4% e 0,3%, respectivamente.
Com relação ao comércio de produtos laminados, em março, as importações totalizaram 2,3 Mt, 2,9% acima do mês anterior e 16,4% superior ao mês anterior. Nos três primeiros meses do ano, ficou 8,5% abaixo do mesmo período do ano anterior, com 6,2 Mt total.
As exportações, por sua vez, somaram 894 mil toneladas (ou 0,9 Mt), 16,3% a menos que em março anterior e 18,6% a mais do que fevereiro. No primeiro trimestre, ficou 23,9% abaixo do mesmo período do ano anterior, totalizando 2,3Mt. Com relação ao consumo de laminados, em março foram consumidas 6,3 Mt, valor 2,5% superior ao de março anterior e 18,1% superior a fevereiro. 
Janeiro a março adicionou 17,5 Mt de toneladas, sendo o melhor trimestre desde o mesmo período de 2022. Os dados são 6,3% superiores aos do quarto trimestre de 2022 e 0,5% inferiores aos dos três primeiros meses do ano passado. “Nossas expectativas são de que os setores de construção e automotivo continuem sendo os principais agentes da recuperação do consumo regional ao longo de 2023, principalmente no Brasil e no México”, finaliza o executivo.

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