Crescimento na América Latina
A Bosch registrou, no ano passado, crescimento da ordem de 16% na América Latina, o que significa dizer que, no total, as operações do Grupo na região registraram faturamento líquido equivalente a R$ 5,3 bilhões. Desse montante, o Brasil foi responsável por 85%, com R$ 4,5 bilhões em vendas. "O resultado alcançado em 2010 demonstra que superamos o impacto da crise econômica global sentida ao longo de 2009", afirma Andreas Nobis, presidente da Robert Bosch América Latina.
Todos os segmentos de atuação da empresa foram beneficiados pelo desenvolvimento econômico registrado na América Latina no ano passado. No setor automotivo, o crescimento foi de 16% graças ao significativo aumento da produção de veículos no Brasil e na Argentina. No setor de Tecnologia Industrial - um dos mais afetados pela crise econômica em 2009 - o Grupo atingiu um crescimento robusto de 38%.
Já no segmento de Bens de Consumo e Tecnologia da Construção, que foi o menos impactado pela crise de 2009, as vendas evoluíram 7%.
Os mercados internos continuaram a ser os principais destinos dos produtos e serviços Bosch na região. Com a manutenção do Real valorizado frente ao dólar, as exportações do Grupo, que são geradas a partir do Brasil, permaneceram em patamares menos expressivos, representando cerca de 22% do total das operações no País.
Na América Latina, a Bosch está presente em 23 localidades do Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, Venezuela, Peru e Panamá. Em 2010, o Grupo ampliou sua presença, passando a ter representações também na Bolívia, Costa Rica, Cuba, El Salvador, Guatemala, Jamaica, Nicarágua, República Dominicana e Paraguai. "Para 2011, estamos confiantes que os nossos negócios continuarão a apresentar um desenvolvimento positivo na região, com expectativa de superar o próprio crescimento do PIB nos diversos países. Ao mesmo tempo, manteremos o foco na sustentabilidade dos negócios no médio e longo prazo", afirma Nobis.
Segundo o executivo, os principais pontos de atenção estão relacionados ao Custo Brasil e à valorização do Real frente à moeda americana. "Os fatores taxa cambial, elevada carga tributária e a significativa evolução dos custos com mão de obra comprometem a competitividade global dos produtos brasileiros. Portanto, o esforço conjunto de todos os agentes da sociedade é fundamental para mudar esse cenário", observa.