Crescimento x estabilidade - Revista Anamaco

Termômetro Anamaco Sebrae

Crescimento x estabilidade

Texto: Redação Revista Anamaco

A Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco) divulgou hoje - 18 de janeiro - os dados referentes ao Termômetro Anamaco, realizado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre).
Segundo o estudo, pela primeira vez, há um empate técnico entre as opiniões dos lojistas que registraram crescimento e estabilidade nas vendas nos últimos três meses. Com isso, em nível nacional, 44% dos entrevistados reportaram alta, contra 43% que apontaram estabilidade. Nesse cenário, a percepção de queda nas vendas permaneceu praticamente estável frente ao trimestre encerrado em novembro, tendo oscilado de 15% para 14%. Com esses resultados, a diferença entre as assinalações de alta e de queda passou de 33 para 30 pontos percentuais no mesmo período.
Como nas últimas edições da pesquisa, as diferenças regionais persistiram em dezembro. A menor percepção de alta continuou sendo a do Sudeste (39%), nível inferior ao das indicações de estabilidade na Região (45%). As maiores quedas no otimismo entre novembro e dezembro ocorreram no Nordeste (19 p. p.), no Norte (18 p.p.) e no Centro-caOeste (14 p.p.). No sentido contrário, a percepção de alta nas vendas nos meses recentes subiu no Sul, tendo chegado a 53% em dezembro contra 42% no mês anterior.
Considerando os estabelecimentos segundo a principal categoria de produtos comercializada, os resultados revelaram movimentos variados. Os varejistas especializados em itens básicos se mostraram relativamente mais otimistas. Nesse segmento, as assinalações de alta nas vendas nos meses recentes passaram de 42% para 44% entre novembro e dezembro. Mas, nos outros quatro segmentos pesquisados, esse indicador recuou. As maiores quedas foram registradas em revestimentos cerâmicos (8 p. p.) e material elétrico (7 p.p.). Os revendedores de material hidráulico e pintura, por sua vez, assinalaram predominantemente estabilidade nas vendas (mais de 50% de indicações).

Otimismo moderado

O estudo mostra, ainda, que a percepção de alta nas vendas recuou um pouco mais, passando de 39% para 37% entre novembro e dezembro. Com isso, as assinalações de estabilidade ultrapassaram, pela primeira vez, as de crescimento, subindo de 39% para 40% no mesmo período. Por sua vez, a percepção de queda avançou 1 p.p. na mesma base de comparação, chegando a 23% das respostas. Com isso, a diferença entre as percepções de alta e de baixa, que era de 18 p.p. em novembro, caiu para 15 p.p. em dezembro.
Nenhuma das cinco grandes regiões apresentou assinalações otimistas superior a 50%. O maior recuo nesse indicador (percepção de alta no mês corrente) foi verificado na Região Norte (17 pontos percentuais), seguida do Nordeste (9 p.p.). No extremo oposto, os varejistas do Sul foram mais otimistas quanto às vendas no mês de dezembro. Essas assinalações passaram de 31% para 40%, em linha com a percepção relativa aos três meses anteriores.
Considerando as empresas segundo as principais categorias de produtos vendidos, houve piora na percepção de três segmentos. Considerando as assinalações de alta no mês corrente, as maiores retrações ocorreram em material hidráulico (19 p.p.) e material elétrico (8 p.p.). No caso de material elétrico, as indicações de queda superaram as de alta (28% contra 27%, respectivamente) e o mesmo ocorreu com as lojas especializadas em revestimentos cerâmicos (30% contra 29%, também respectivamente).
Em dezembro, de acordo com o levantamento, em quase todos os segmentos as assinalações de estabilidade nas vendas predominaram. A exceção ficou por conta do material de pintura, onde a estabilidade praticamente empatou com o crescimento (42% contra 43%, respectivamente).
Em um movimento sazonal típico de final de ano, os varejistas especializados em produtos básicos e artigos de pintura ampliaram a parcela de alta nas vendas em dezembro, chegando a 43%. O pior desempenho foi observado em material elétrico, segmento no qual esse indicador recuou quatro pontos percentuais. A maior alta desse indicador ficou por conta de produtos básicos (13 p.p.).
Para os próximos três meses, 40% dos lojistas entrevistados esperam melhora nas vendas.  As expectativas de crescimento foram verificadas no Sul (17 p.p.), Sudeste (14 p.p.) e Centro- Oeste (6 p.p.). Em sentido contrário, essas assinalações recuaram no Nordeste (7 p.p.) e no Norte (9 p.p.).

Foto: Adobe Stock

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