CUB paulista acumula alta de 14% em 2021, aponta pesquisa
Texto: Redação Revista Anamaco
O Custo Unitário Básico (CUB) global da indústria da construção do Estado de São Paulo, nas obras não incluídas na desoneração da folha de pagamentos, registrou variação positiva de 0,22% em dezembro e encerrou 2021 com alta de 14%. Os dados são do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP) e da Fundação Getulio Vargas (FGV). O CUB é o índice oficial que reflete a variação dos custos das construtoras, utilizado para os necessários orçamentos, quadros e áreas para acompanhar o Registro de Incorporação dos empreendimentos.
No último mês de 2021, a variação dos custos com material de construção foi positiva em 0,27% em comparação com novembro, acumulando variação expressiva de 26,20% no ano. A variação do custo médio das construtoras em dezembro com administrativo (salários dos engenheiros) foi nula, acumulando alta de 5,12% no ano. Já a variação no período com mão de obra foi positiva em 0,19% em dezembro e em 6,37% no ano.
De acordo com Odair Senra, presidente do SindusCon-SP, ficou evidente que o CUB teria se elevado menos, não fossem os aumentos dos preços do material de construção, numa espiral que se iniciou em meados de 2020 e se estendeu por todo o ano de 2021. “Em novembro, o ritmo desses aumentos diminuiu consideravelmente. Por outro lado, a indústria da construção sofreu elevações de custos em outros itens, como serviços. Tudo isso impactou o setor, principalmente o segmento de construção de habitação popular enquadrado no Programa Casa Verde e Amarela, cujo ritmo de vendas e lançamentos declinou”, observa.
Nas obras incluídas na desoneração da folha de pagamentos, o CUB registrou elevação de 0,23% em dezembro, comparado ao mês de novembro. Em 12 meses, a variação foi de 14,55%. No mês, na relação com novembro, as variações dos custos médios das construtoras foram: material, 0,27%; administrativo (salários dos engenheiros), nulas; e mão de obra, 0,21%.
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