Dados da CNC mostram estabilidade no número de famílias endividadas
A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), apurada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), mostra que o percentual de famílias endividadas alcançou 62,2% em dezembro de 2017, mantendo-se estável, após cinco altas consecutivas. Na comparação com dezembro de 2016, houve alta de 3,2 pontos percentuais.
O estudo ressalta que a proporção das famílias com dívidas ou contas em atraso diminuiu no período, pelo terceiro mês consecutivo, atingindo 25,7%, ante 25,8% em novembro. Na comparação com dezembro de 2016, entretanto, houve alta de 1,7 ponto percentual.
Nesse cenário, o percentual daquelas que declararam não ter condições de pagar as suas contas ou dívidas em atraso e que, portanto, permaneceriam inadimplentes recuou de 10,1% em novembro para 9,7% em dezembro, mas apresentou alta em relação aos 9,1% de dezembro de 2016.
A proporção das que se declararam muito endividadas diminuiu entre os meses de novembro e dezembro de 2017, passando de 14,6% para 14,1% do total. Na comparação anual, manteve-se estável. O percentual de famílias que se declararam pouco endividadas teve alta na comparação mensal: passou de 24,6% para 25,1% do total de entrevistados. Em relação ao mesmo período de 2016, também ocorreu aumento de 1,2 ponto percentual.
Para 76,7% das famílias que possuem dívidas, o cartão de crédito permanece como a principal forma de endividamento, seguido de carnês (17,5%) e financiamento de carro (10,9%).
A Peic é apurada mensalmente pela CNC e os dados são coletados em todas as capitais dos Estados e no Distrito Federal, com cerca de 18.000 consumidores.