De janeiro a março, Votorantim Cimentos registra aumento na receita líquida - Revista Anamaco

Desempenho positivo

De janeiro a março, Votorantim Cimentos registra aumento na receita líquida  

Texto: Redação Revista Anamaco

A Votorantim Cimentos encerrou o primeiro trimestre com receita líquida consolidada de R$ 4,9 bilhões, aumento de 22% em comparação ao mesmo período do ano passado. O resultado, de acordo com a empresa, deve-se, principalmente, à dinâmica favorável de preços observada no Brasil, na América do Norte, Europa, Ásia e África, além do impacto positivo gerado pelos novos volumes provenientes de aquisições realizadas pela companhia ao longo de 2021.
No primeiro trimestre, as vendas globais de cimento do fabricante somaram oito milhões de toneladas, crescimento de 5% em relação aos primeiros três meses de 2021, apesar da retração de mercado registrada no período em alguns países onde tem operações. “A guerra na Europa, as sanções impostas à Rússia, os novos lockdowns na China e os gargalos nas cadeias logísticas continuam impactando a economia global. Além disso, a elevação das taxas de juros e a inflação de custos têm afetado empresas e mercados como um todo. Frente a esse cenário desafiador, seguimos alinhados à nossa estratégia, atentos aos custos, à nossa excelência operacional e ao nosso plano de negócios em todas as regiões”, afirma Marcelo Castelli, CEO Global da Votorantim Cimentos.
No primeiro trimestre, a empresa encerrou com EBITDA (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado consolidado em R$ 418 milhões, 57% inferior ao mesmo período de 2021, em função da forte base de comparação com o primeiro trimestre do ano passado, combinado com fatores climáticos (verão chuvoso no Brasil e inverno rigoroso na América do Norte), taxa de câmbio e efeitos não recorrentes registrados em igual trimestre do ano passado que somaram quase R$ 132 milhões (venda de um terreno de propriedade de uma subsidiária na Turquia e crédito referente à repactuação do risco hidrológico de geração de energia elétrica). 
O executivo comenta que a pressão nos preços das matérias-primas, energia e combustíveis afetou a margem EBITDA no período, que foi de 9%. Impactada pelo cenário macroeconômico global, a companhia encerrou o primeiro trimestre com o resultado negativo de R$ 317 milhões, uma reversão em relação ao lucro de R$ 227 milhões registrado no mesmo período de 2021. ““Mesmo diante de um cenário de instabilidade macroeconômica e pressão nos custos, a companhia mantém a sua solidez financeira reconhecida pelo grau de investimento pelas três principais agências de classificação de risco. Encerramos o primeiro trimestre com forte liquidez que nos permite cumprir com todos os vencimentos de dívida nos próximos cinco anos, destacando que 40% da nossa posição de caixa está concentrada no exterior”, diz Bianca Nasser, CFO Global da Votorantim Cimentos. 
No Brasil, a receita líquida da companhia foi de R$ 2,7 bilhões no primeiro trimestre, crescimento de 21% em relação ao mesmo período do ano passado. Apesar da instabilidade do mercado local, das pressões macroeconômicas e da forte base de comparação frente ao mesmo período do ano passado, o aumento da receita é explicado pela combinação de aumento de volume de vendas e de preço. Já o EBITDA ajustado no trimestre ficou em R$ 359 milhões, queda de 40% em comparação a março de 2021, ocasionado pela pressão de custos devido aos preços das commodities, inflação local e efeito não recorrente no primeiro trimestre do ano passado (crédito referente à repactuação do risco hidrológico de geração de energia elétrica) que favoreceu o EBITDA em R$ 58 milhões.

Foto: Divulgação

 

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