De olho no material de construção
Texto: Redação Revista Anamaco
O cenário de incertezas marcado pelo desemprego e a falta de previsibilidade da economia brasileira leva os consumidores a pensarem muito bem antes de gastar. Essa sensação é refletida na sondagem feita pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) na qual 66% dos entrevistados dizem não ter planos de compras assim que a pandemia de Covid-19 acabar. Apesar disso, os outros 34% planejam fazer compras no pós-pandemia, e é nesse público que o pequeno empresário deve focar nesse momento.
Na sondagem, que ouviu 400 pessoas na segunda quinzena de setembro, eletrodomésticos e eletrônicos (37%) formam o grupo de maior interesse dos consumidores. Em seguida, está o setor de vestuário e calçados (33%) e material de construção (21%). O turismo é o quarto item da lista com o qual os consumidores pretendem gastar, com 21%.
O estudo também retrata o comportamento do consumidor na pandemia. No resultado geral, cerca de sete a cada dez entrevistados, ou 72%, disseram que mudaram o padrão de consumo durante a pandemia. A redução da renda foi o motivo principal (54%) para as alterações e, mesmo àqueles que responderam que o nível de renda permaneceu o mesmo (40%), fizeram mudanças na rotina caseira.
A pesquisa aponta, ainda, que no isolamento social, a necessidade de ficar mais tempo em casa fez com que 46% dos entrevistados aumentasse em alguma proporção as compras pela internet ou pedidos por aplicativos. Para 24%, o aumento foi pouco, porém, para 22% houve muito mais procura pelo e-commerce. Já um a cada quatro entrevistados não realizou nenhuma compra on-line durante a pandemia.
Os empresários que expandiram os negócios para as vendas pela internet durante a pandemia, devem ficar atentos de agora em diante porque a maioria dos entrevistados, 47%, responderam que o nível de consumo pelo e-commerce no pós-pandemia será similar ao nível anterior ao da crise.
Para 32% dos entrevistados, o ritmo de compras on-line será menos intenso e para 22% será mais intenso. A soma dos níveis igual ou menor, o percentual será de 78%, o que sugere que os varejistas não criem expectativas elevadas no comércio on-line no pós-pandemia, já que esse canal deve servir como suporte às lojas físicas que absorverão a maior parte da demanda.
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