Desempenho da pequena indústria avança no segundo trimestre, apura CNI - Revista Anamaco

Pesquisa industrial

Desempenho da pequena indústria avança no segundo trimestre, apura CNI

Texto: Redação Revista Anamaco

O segundo trimestre foi de alento para as indústrias de pequeno porte, que possuem de 10 até 49 funcionários. O índice de desempenho da pequena indústria, do Panorama da Pequena Indústria (PPI), ficou em 44,8 pontos, acima da média histórica de 43,8 pontos e da média para os segundos semestres, de 42,6 pontos, calculada desde 2012. A pesquisa, realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), mostra, ainda, que os indicadores de situação financeira e de perspectivas estão acima da média para o período.
Paula Verlangeiro, economista da entidade, explica que o desempenho leva em consideração a evolução do volume de produção ou do nível de atividade, o nível de utilização da capacidade instalada e a evolução do número de empregados para as indústrias extrativa, de transformação e da construção. Esse índice chegou a cair 3,5 pontos de março para abril, mas avançou 2,4 pontos de abril para maio e 0,4 ponto de maio para junho. “A queda não foi suficiente para reverter o quadro positivo”, frisa.
No caso da situação financeira, a alta no segundo semestre reverteu, parcialmente, a retração do primeiro trimestre do ano. “O índice de situação financeira, calculado pela margem de lucro operacional, pela situação financeira e pelo acesso ao crédito, aumentou dois pontos no segundo trimestre deste ano e o indicador ficou em 41,3 pontos. É um bom resultado e está acima da média de 38,2 pontos”, explica Paula.
Já o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) para as indústrias de pequeno porte aumentou 1,3 ponto entre junho e julho. Com a alta, o índice ultrapassou a linha divisória dos 50 pontos, que separa confiança da falta dela, pela primeira vez no ano. O ICEI está em 50,6 pontos, ainda abaixo da média histórica de 52,8 pontos. “A confiança do empresário é importante porque empresários mais otimistas tendem a realizar mais investimentos e contratações”, salienta a economista.
O Índice de Perspectivas da indústria de pequeno porte, que captura as expectativas para os próximos seis meses, também apresentou aumento e está acima da média histórica. Na avaliação da economista, a melhora do indicador de perspectivas está relacionada, sobretudo, à melhora das expectativas de demanda e de nível de atividade para os próximos meses.
O estudo revela, também, que os empresários de pequeno porte das indústrias de transformação indicaram que a elevada carga tributária está em primeiro lugar no ranking de principais problemas enfrentados pela indústria de transformação, com 41,6% de assinalações, seguido de demanda interna insuficiente (32,4%) e das taxas de juros elevadas (27,4%).
Para a indústria da construção de pequeno porte, as taxas de juros elevadas encontram-se no primeiro lugar no ranking dos principais problemas para o setor, com 33,3% das assinalações, seguido de burocracia excessiva (27,6%) e da carga tributária elevada (26,0%).

Foto: Adobe Stock

 

 

 

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