Desempenho favorável na pequena indústria
Texto: Redação Revista Anamaco
De acordo com pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), as pequenas empresas ganharam fôlego no último trimestre de 2021. O Panorama da Pequena Indústria mostra que o Índice de Desempenho apresentou uma desaceleração mais branda e ficou em 47,7 pontos, acima da média histórica (43,4 pontos). O indicador varia de 0 a 100 pontos e quanto maior ele for, melhor é a performance do setor.
O resultado do quarto trimestre de 2021 é positivo quando comparado com o mesmo período de anos anteriores. É o segundo ano consecutivo que o índice pode ser considerado positivo no quarto trimestre, pois em 2020, o período registrou excepcionalmente 49,4 pontos, devido à recuperação da indústria pós-pandemia. “Normalmente, é esperada uma queda na transição do terceiro para o quarto trimestre. Nos últimos dois anos, essa desaceleração foi mais suave, o que é uma boa notícia, pois significa que mantiveram suas atividades de produção em ritmo”, explica Marcelo Azevedo, gerente de Análise Econômica da CNI.
O levantamento revela que, apesar do bom desempenho, o Índice de Situação Financeira registrou 42 pontos e marca uma queda de 1,1 ponto, quando comparado com o mesmo período do ano anterior. Ainda assim, o índice permanece acima da média histórica de 37,7 pontos. “Independentemente do segmento industrial, seja extrativa, de transformação ou de construção, no quarto trimestre de 2021, o pequeno empresário relatou estar com mais dificuldade que o normal para acessar crédito”, destaca Azevedo.
Segundo ele, a falta ou alto custo da matéria-prima e a elevada carga tributária foram os principais problemas enfrentados pelas pequenas indústrias no quarto trimestre de 2021. Esses dois fatores permaneceram no topo do ranking de principais problemas enfrentados pelas pequenas empresas dos setores extrativo, de transformação e de construção.
Porém, no quarto trimestre de 2021, houve redução nas assinalações dos três setores na comparação com o trimestre anterior, sobretudo na Indústria da Construção (queda de 11,2 pontos percentuais).
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