Desemprego cai e chega a 7,7%
Texto: Redação Revista Anamaco
De acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) divulgada, hoje, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no terceiro trimestre, o desemprego no País chegou a 7,7%, o que representa uma queda de 0,3 ponto percentual (p.p.) em relação ao segundo trimestre.
A retração, entretanto, foi acompanhada por apenas três Unidades da Federação: Acre, Maranhão e São Paulo. Por outro lado, em Roraima houve aumento enquanto as demais UFs permaneceram estáveis. Na comparação com o mesmo trimestre de 2022 (8,7%), o recuo foi de 1 p.p..
Todas as regiões apresentaram uma tendência de redução na passagem do 2º trimestre para o terceiro, mas apenas o Sudeste teve uma queda na desocupação estatisticamente significativa, de 7,9% para 7,5%, sendo, portanto, a Região que mais contribuiu para a queda na taxa em nível nacional.
Adriana Beringuy, coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, avalia que o resultado em São Paulo foi fundamental para o desempenho nacional do 3º tri. "No Estado paulista, o desemprego recuou de 7,8% para 7,1%. A queda no Brasil não foi um processo disseminado nos Estados. A maior parte das UFs mostram uma tendência de redução na taxa de desocupação, mas apenas três registram queda estatisticamente significativa, principalmente por conta da redução da desocupação. E São Paulo tem uma importância dado o contingente do mercado de trabalho, o que influencia bastante a queda em nível nacional”, explica a pesquisadora.
Ainda segundo o estudo, a população desocupada em São Paulo caiu 8,4%. Outros dois Estados também tiveram queda na desocupação. No Maranhão, a taxa saiu de 8,8% para 6,7%, enquanto no Acre, foi de 9,3% para 6,2%. “Nos dois casos, há um movimento mais robusto, porque além da retração da redução na procura, houve expansão na ocupação. No caso do Maranhão, se deu, principalmente no setor de alojamento e alimentação", observa a analista.
Por outro lado, apenas em Roraima houve crescimento da desocupação no 3º trimestre de 2023, de 5,1% para 7,6%. Em termos regionais, o Nordeste permaneceu com a maior taxa (10,8%), e o Sul, com a menor (4,6%).
O levantamento revela, ainda, que a taxa de informalidade no País foi de 39,1% da população ocupada no 3º trimestre. No recorte regional, o Norte (52,8%) e o Nordeste (51,8%) registraram taxa acima da média nacional. Na análise por UF, os maiores percentuais foram no Maranhão (57,3%), Pará (57,1%) e Amazonas (55,0%). Santa Catarina (26,8%), Distrito Federal (30,6%) e São Paulo (31,3%) tiveram as menores taxas.
Foto: Agência Brasil