Desemprego mantém recorde de 14,7% no trimestre encerrado em abril
Texto: Redação Revista Anamaco
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, hoje (30 de junho), o resultado da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua. De acordo com o levantamento, a taxa de desocupação foi de 14,7% no trimestre encerrado em abril, o que representa 0,5 ponto percentual acima do trimestre encerrado em janeiro (14,2%). Com isso, o número de desempregados variou 3,4%, com mais 489 mil pessoas desocupadas, totalizando 14,8 milhões buscando um trabalho no País.
Na comparação com o trimestre fechado em abril de 2020, quando foram observados os primeiros efeitos da pandemia, o mercado de trabalho ainda registra perdas na ocupação, mas num ritmo menor. No geral, há menos 3,3 milhões de pessoas trabalhando desde o início da crise sanitária.
Entre as categorias profissionais, somente os trabalhadores por conta própria cresceram (2,3% ou mais 537 mil pessoas), totalizando 24,0 milhões. Os trabalhadores com carteira assinada no setor privado ficaram estáveis em 29,6 milhões no trimestre. O mesmo acontece com os empregados no setor privado sem carteira, que mantiveram estabilidade (9,8 milhões). Já a categoria dos trabalhadores domésticos foi estimada em 5,0 milhões de pessoas. A taxa de informalidade, por sua vez, foi de 39,8% no trimestre até abril, o que equivale a 34,2 milhões de pessoas.
Outro destaque da pesquisa foi a alta no total de pessoas subutilizadas, que são aquelas desocupadas, subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas ou na força de trabalho potencial. Esse contingente chegou a 33,3 milhões.
O estudo revela, ainda, que os desalentados, que desistiram de procurar trabalho devido às condições estruturais do mercado, somaram 6,0 milhões de pessoas, ficando estáveis em relação ao trimestre anterior.
Segundo a pesquisa, o contingente de ocupados ficou estável em todos os grupamentos de atividades, exceto comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas que reduziu 2,3% (ou menos 373 mil pessoas) no trimestre encerrado em abril, frente ao anterior. Na comparação com o mesmo trimestre do ano passado, houve aumento da ocupação somente no grupo agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (6,5%, ou mais 532 mil pessoas). Os demais reduziram o contingente de trabalhadores: indústria geral (-4,3%), comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (-6,7%), transporte, armazenagem e correio (-8,3%), alojamento e alimentação (-17,7%), outros serviços (-13,9%) e serviços domésticos (-10,1%).
Foto: Adobe Stock