Desemprego recua, mas ainda atinge 13,7 milhões de pessoas no País
Texto: Redação Revista Anamaco
De acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada hoje (27 de outubro) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desocupação recuou para 13,2% no trimestre encerrado em agosto, uma redução de 1,4 ponto percentual em relação ao trimestre até maio (14,6%). Apesar da retração, ainda há 13,7 milhões de pessoas em busca de um trabalho no País.
No período, o número de pessoas ocupadas (90,2 milhões) avançou 4,0%, com mais 3,4 milhões. Com isso, o nível de ocupação subiu 2,0 pontos percentuais para 50,9%, o que indica que mais da metade da população em idade para trabalhar está ocupada. Em um ano, o contingente de ocupados avançou em 8,5 milhões de pessoas.
De acordo com o levantamento, a ocupação foi impulsionada pelo aumento de 1,1 milhão de trabalhadores (4,2%) com carteira assinada no setor privado (31,0 milhões). Os postos de trabalho informais também avançaram, com a manutenção da expansão do trabalho por conta própria sem CNPJ e do emprego sem carteira no setor privado. Inclusive, isso fez com que a taxa de informalidade subisse de 40,0% no trimestre encerrado em maio para 41,1%, no trimestre encerrado em agosto, totalizando 37,0 milhões de pessoas.
O trabalho informal inclui trabalhadores sem carteira assinada (empregados do setor privado ou trabalhadores domésticos), sem CNPJ (empregadores ou empregados por conta própria) ou trabalhadores familiares auxiliares.
Já o trabalho por conta própria manteve a trajetória de crescimento e atingiu, novamente, o patamar recorde de 25,4 milhões de pessoas, um aumento de 4,3%, com mais 1,0 milhão de pessoas. Em relação ao mesmo trimestre do ano passado, o contingente avançou 3,9 milhões, alta de 18,1%.
O estudo indica, ainda, que o trabalho doméstico aumentou 9,9%, somando 5,5 milhões pessoas. Frente ao mesmo período de 2020, cresceu 21,2%, um adicional de 965 mil pessoas.
Já o número de empregados no setor privado sem carteira (10,8 milhões) cresceu 10,1% na comparação com o trimestre móvel anterior. Em um ano, esse contingente subiu 23,3% ou 2,0 milhões de pessoas.
De acordo com a pesquisa, o crescimento da ocupação no trimestre até agosto avançou na maioria dos agrupamentos de atividades econômicas, com destaque para o aumento de 1,2 milhão de trabalhadores no segmento de comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (7,8%) e de 578 mil na indústria geral (5,3%). A única redução ocorreu na administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (2,2%).
Na comparação com o mesmo trimestre do ano passado, esse crescimento foi ainda mais disseminado. Das 10 atividades, nove avançaram na ocupação, com destaque para comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (1,7 milhão), construção (1,3 milhão) e indústria (991 mil).
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