Balanço positivo

Texto: Redação Revista Anamaco

A Duratex anuncia os resultados relativos ao terceiro trimestre de 2020. De acordo com os dados divulgados, a companhia registra o melhor período da sua história, com o EBITDA Ajustado e Recorrente de R$ 433,8 milhões, 82,3% acima do apresentado no mesmo período de 2019.
O desempenho demonstra a sustentação da recuperação iniciada ainda no segundo trimestre, após os impactos iniciais da pandemia de Covid-19. Conforme o último balanço, a receita líquida da Duratex de julho a setembro foi de R$ 1.778,0 milhões, crescimento de 35,9% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Nesse cenário, a participação do mercado externo representa 18,5% do total, com alta de 59,4% da receita, impulsionada pela depreciação cambial.
Segundo a empresa, a rápida recuperação das vendas, bem como a bem-sucedida gestão estratégica dos estoques da companhia, resultaram na geração de R$ 609,7 milhões de fluxo de caixa no trimestre, o que representa um valor recorde.
Ao longo do período, a Duratex também registrou os menores patamares de estoque, o que auxiliou na reversão do alongamento dos prazos dados aos clientes no segundo trimestre, estabelecendo um prazo médio de recebimento menor do que o observado antes da pandemia. “O foco da Duratex em aprimorar sua gestão de ativos por meio de consolidações fabris, redução de portfólio e otimização de ativos, nos trouxe ganho de produtividade e reduções de custos significativas em nossas divisões. Isso fez com que o crescimento da companhia, em comparação ao que foi observado nos nossos segmentos de atuação, fosse reforçado. Conseguimos nos planejar para melhor aproveitar o aumento na demanda, que era previsto a partir da gradual retomada da atividade econômica após os impactos iniciais da pandemia”, comenta Antonio Joaquim de Oliveira, presidente da Duratex.
Nesse contexto, a Divisão Madeira registra aumento de 38,5% no volume expedido e 37% em receita líquida em relação ao terceiro trimestre de 2019. O desempenho é acima do observado no setor, que registrou 21,4% de crescimento no mercado interno e 9,5% no mercado externo, de acordo com dados do IBÁ (Indústria Brasileira de Árvores).
A evolução apresentada pela Duratex é consequência do ganho de market share, decorrente da estratégia de posicionamento de seus produtos na retomada das vendas e do bom relacionamento com os seus clientes.
Paralelamente, a gestão de custos e despesas da Divisão Madeira obteve resultados positivos. Houve redução de custo caixa unitário em 7,5% em relação ao 3T19, enquanto as despesas gerais e administrativas foram reduzidas em 5,2%. Diante desse cenário, o EBITDA Ajustado e Recorrente da Divisão Madeira encerrou o trimestre em R$ 252,1 milhões, 83,6% acima do mesmo período do ano anterior.
A Divisão Deca também apresenta aumento de 25,3% no volume de vendas e de 25,8% no faturamento do trimestre. O resultado supera o observado no segmento, motivado sobretudo pelo crescimento da demanda e o fortalecimento da execução comercial da Divisão. Segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat), houve alta de 4,0% no faturamento do setor no terceiro trimestre de 2020.
Em linha com o foco da companhia no ganho de eficiência operacional, a Divisão Deca apresentou redução do custo caixa unitário de 3,6%. Dessa forma, o EBITDA Ajustado e Recorrente trimestral da Deca registrou alta de 65,2% frente ao terceiro trimestre de 2019.
Já a Divisão de Revestimentos Cerâmicos, que opera com as marcas Ceusa e Portinari, tem crescimento de 46,7% em seu volume de expedição e registra 96% de utilização da capacidade instalada. O desempenho também é acima do apresentado pelo setor, que registrou 10,2% de alta no faturamento e uma média de 80% de utilização a capacidade instalada, segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Cerâmica (Anfacer).
Vale destacar que no 3T19, a Duratex ainda não havia iniciado as operações da sua nova linha de grandes formatos na unidade da Ceusa e só havia consolidado dois meses dos resultados da Cecrisa, a qual aumentou a capacidade anual da divisão em 20 milhões de m². No que tange aos custos e despesas, a Divisão ainda sofreu alguns impactos da redução da utilização de seu ativo fabril no mês de julho. Deste modo, o EBITDA Ajustado e Recorrente da Divisão no trimestre foi de R$ 68,1 milhões, 113,8% acima do mesmo período de 2019.

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