A nova economia
Texto: Redação Revista Anamaco
Fazendo parte da programação do Salão Internacional da Construção e Arquitetura (Feicon Batimat), que acontece no São Paulo Expo, na capital paulista, até dia 12 de abril, o Núcleo de Conteúdo Varejo, Atacado e Distribuidor by Grau 10 Editora, apresentou, na quarta-feira (10 de abril), cinco palestras com assuntos pertinentes não apenas ao varejo de material de construção, mas com ensinamentos que podem ser implantados em empresas de todos os segmentos.
O primeiro painel, que abriu oficialmente a programação, foi "A nova economia x o shopper do futuro x aspectos relevantes da economia feminina". Com a participação de Fátima Merlin, profissional que atua há mais de 30 anos com varejo nas áreas de Inteligência, Comportamento do Consumidor & Shopper; de Juliano Ohta, diretor Geral da Saint-Gobain Distribuição Brasil; de Lilian Lessa, diretora Comercial da King Ouro; e de Marilene Trindade, diretora de Vendas e Operações da Saint-Gobain Distribuição Brasil, o painel mostrou que estamos vivendo em uma economia pautada por valores, como acolhimento, proximidade, orientação às pessoas, atenção ao ambiente, entre outros aspectos. E que nesse novo momento, o importante não é o gênero, mas o estilo de liderança. Dessa forma, é relevante promover, construir e disseminar estratégias, ações e boas práticas que propiciem as condições necessárias para fortalecer o papel e ampliar a participação e liderança de pessoas com essas características no varejo.
Durante a apresentação, Fátima Merlin abordou dois aspectos: entender as marcas do futuro e os mitos e as verdades sobre a liderança feminina. Segundo ela, um levantamento revela que o consumidor tem, além do poder de compra, muita informação o que faz com que avalie, de forma efetiva, sua decisão. "Torna-se mais difícil atraí-lo e, mais ainda, retê-lo", destacou.
Juliano Ohta observou que, hoje, a realidadde mostra que com a disponibilidade de informação, o varejo físico precisa se reinventar. Ele lembrou que os marketplaces entregam preço baixo, produtos variados e praticidade. "Se o varejo físico não se reinventar, o ponto de venda virtual será melhor do que ele. Temos de melhorar a experiência do consumidor, que quer mais do que vendedores. Ele precisa de consultores. "Valorizo a sensibilidade da mulher. Elas são muito mais empáticas do que os homens", garantiu.
Marilene Trindade, por sua vez, destacou que as revendas, além de autênticas, devem ser fiéis à proposta de respeitar a diversidade. "A loja tem de ser coerente com o que entrega", reforçou.
Fátima questionou as executivas sobre como é ser mulher no universo predominantemente masculino. A essa pergunta, Lilian Lessa foi enfática ao dizer que quando se tem infomação e sabe sobre o que está falando, as pessoas se posicionam de forma respeitosa. "Nunca senti dificuldade por ser mulher. Eu lido com pessoas. Nunca senti preconceito por ser mulher", frisou.
Nesse sentido, Fátima reforçou que o desafio não é ser gênero, cor ou raça, mas seres humanos e que a meta das lojas é entregar algo relevante para os clientes. A executiva lançou mais uma pergunta: Será que empresas com mais mulheres nos cargos de liderança são mais rentáveis e mais produtivas? A essa questão, ela garantiu que é a diversidade que maximiza os resultados. "Tem de haver equilíbrio nas decisões. Nunca vou contratar uma mulher incompetente somente para cumprir uma cota", explicou Ohta.
Foto: Alan Morici/Grau 10 Editora
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