Retração econômica

Economia fraca

De acordo com o Indicador Serasa Experian de Atividade Econômica (PIB Mensal),o segundo trimestre deste ano encerrou com retração de 1,4% perante o primeiro trimestre, já descontados os efeitos sazonais. Como a economia brasileira já havia se contraído 0,2% de janeiro a março, completaram-se dois trimestres consecutivos de desaceleração na atividade produtiva do País, consolidando, tecnicamente, uma situação de recessão econômica. Já em relação ao mesmo trimestre de 2014, o recuo é de 1,5%.
De acordo com os economistas da entidade, as queda dos níveis de confiança de consumidores e empresários, a alta da inflação corroendo o poder de compra da população, as sucessivas elevações das taxas de juros encarecendo o crédito e as turbulência do cenário político atingiram, em cheio, a economia brasileira no primeiro semestre, provocando o atual quadro recessivo.
Pelo lado da oferta agregada, houve quedas em todos os setores econômicos no segundo trimestre. A maior delas foi de 3,9% na atividade industrial, seguida das retrações de 0,2% no ramo agropecuário e de 0,3% no setor de serviços.
Do ponto de vista da demanda agregada, a maior retração ocorreu nos investimentos: recuo de 8,6% perante o primeiro trimestre. Com esse resultado, os investimentos fecharam o primeiro semestre com queda de 9,4%.
Da mesma forma, tanto o consumo das famílias quanto o consumo do governo encolheram no segundo trimestre: quedas de 0,9% e de 0,6%, respectivamente. Por outro lado, o setor externo, com exportações avançando 4,1% e com as importações recuando 9,2%, impediu uma retração maior na atividade econômica de abril a junho.

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