Economistas seguem otimistas
Pela terceira vez consecutiva, os economistas estão mais confiantes em relação à economia devido a um cenário mais seguro, aponta o Índice de Sentimento dos Especialistas em Economia (ISE), de junho, realizado pela Fecomercio em parceria com a Ordem dos Economistas do Brasil (OEB). N
o mês, o índice teve aumento de 3,7% em relação a maio, passando de 92,4 pontos para 95,8 pontos. Em relação a junho do ano anterior, a elevação foi de quase 1%. Mesmo com esse resultado, o ISE permanece no campo do pessimismo, ou seja, abaixo de 100 pontos.
Segundo a entidade, a melhora da avaliação dos economistas em relação a esses fatores deve-se aos dados divulgados recentemente do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, referentes ao primeiro trimestre de 2009, que apresentou resultado melhor do que o esperado, da redução da taxa básica de juros (Selic), que influencia positivamente o aumento da concessão de crédito, e dos dados inflacionários ficando abaixo das expectativas de mercado.
De acordo com os dados deste mês, subiram de três para cinco os itens que ficaram no patamar de otimismo. Os dois que voltaram ao nível acima dos 100 pontos foram Taxa de Inflação (109,7) e Oferta de Crédito ao Consumidor (107,3) e se juntaram com Cenário Internacional (133,8), Nível de Atividade Interna - PIB (128,2), Taxa de Câmbio (117,2). Os que permanecem no patamar de pessimismo de acordo com os economistas são: Nível de Emprego (87,9), Salários Reais (77,2), Taxa de Juro (68,1) e Gastos Públicos (34,1).
Este último continua, desde o início da série, como a pior avaliação e ainda apresentou na margem uma queda próxima a 11%. Na análise dos dois sub-índices do ISE, percebe-se uma pressão positiva maior do Índice Atual, que apesar de permanecer no patamar de pessimismo (77,7), apresentou alta de 8,9% em relação a maio. Já o Índice Futuro ficou perto da estabilidade com 0,5% chegando aos 113,4.
O ISE é realizado em parceria com a Ordem dos Economistas do Brasil (OEB) desde junho de 2008, a pesquisa detecta as perspectivas dos economistas em relação às tendências da economia nacional e mundial. Sua composição, além do índice geral, apresenta-se em: percepção presente e expectativas futuras.