Em abril, comércio paulista perdeu mais de duas mil vagas de emprego formais
Texto: Redação Revista Anamaco
A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) apresenta o resultado da Pesquisa do Emprego no Estado de São Paulo (PESP). O levantamento revela que o comércio paulista perdeu cerca de 2,5 mil vagas de emprego formais em abril, mantendo uma queda da empregabilidade iniciada em março (-4,8 mil vagas). De acordo com o estudo, a retração no estoque de vínculos entre abril e março se deveu, principalmente, ao varejo, que perdeu 3.559 postos formais no mês.
Na avaliação da entidade, o número se explica pelas restrições impostas pelo Plano São Paulo a muitos segmentos varejistas, como o de roupas. Com as portas fechadas, a tendência é que eles não apenas deixem de contratar, como dispensem mais funcionários. O varejo de vestuário paulista perdeu 3,4 mil empregos em abril e são 31,5 mil vagas a menos desde março de 2020. É uma situação semelhante à das concessionárias e lojas voltadas para reparação de veículos, que tiveram queda de 344 vagas celetistas em abril e 7,2 mil em 14 meses.
O levantamento revela que o resultado do comércio no mês foi atenuado pelo atacado: nele, 1.352 postos de trabalho com carteira assinada foram criados em abril, incentivado elo crescimento do mercado de trabalho nos hipermercados e supermercados.
Os números de abril refletem o desempenho dos segmentos ao longo de 2021, em que o varejo já perdeu 12,7 mil vagas formais e o atacado, ao contrário, criou 10,3 mil novos postos de trabalho. Contando com a recuperação também do segmento de veículos, que abriu 5,1 mil vagas neste ano, o comércio do Estado de São Paulo tem uma empregabilidade no azul até aqui, com 2,8 mil empregos celetistas. No acumulado dos 12 meses, o número é maior: 93,9 mil novas vagas.
O saldo positivo, porém, não foi puxado pelo desempenho da capital paulista, onde a pequena expansão do atacado (271 novas vagas) não foi suficiente para aplacar a queda expressiva de 1.277 empregos formais do varejo - além dos 138 perdidos pelo segmento automotivo. Assim, em abril, o comércio da cidade perdeu 1.144 postos de trabalho com carteira assinada.
Foto: Adobe Stock