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Texto: Redação Revista Anamaco

Com resultados surpreendentes no ano passado, a Roca registra 2020 como um ano histórico. O período já poderia ser assim considerado somente com a ocorrência da pandemia de coronavirus, que pegou o mundo de surpresa, mas para a empresa os números excelentes não deixam dúvidas de que as estratégias adotadas para enfrentar os desafios foram corretas. A companhia fechou o último ano com crescimento de 28% em seu faturamento, mais do que o dobro da perspectiva inicial de 13%.
De acordo com o presidente da Roca Brasil Ceràmica, detentora das marcas Roca Cerámica e Incepa, Sergio Wuaden, inicialmente, as perspectivas eram boas para o ano, porém, a partir de abril, com as restrições impostas pelo surto de Covid-19, houve necessidade de revisão rápida do planejamento. “Até o mês de março, estávamos bastante confiantes e acreditávamos em resultados muito bons. Em abril, precisamos revisar nossos planejamentos e tomar medidas para enfrentar a situação que prometia ser catastrófica, mas a partir de julho, o mercado apresentou reação”, afirma.
Na avaliação do executivo, o resultado traduz a atitude da equipe que se comprometeu e se comportou de acordo com a nova demanda e transformou a realidade. “Fez toda a diferença o grupo de pessoas que enxergou e fez movimentos rápidos no que se refere à gestão e à priorização das ações”, ressalta. “Fizemos cortes de despesas e contingenciamos projetos e até junho os negócios ficaram em patamar mínimo. Em julho, o mercado voltou à ação e fechamos o ano sem restrições efetivas a projetos e 100% de ocupação”, conta Wuaden.

   
A preocupação primeira, no entanto, foi com a segurança e a saúde das pessoas, uma vez que as operações precisavam ser mantidas. Com fábricas em Campo Largo e São Mateus do Sul (PR), havia a preocupação, também, que o impacto de uma possível paralisação causaria na vida dos habitantes e nas economias locais. As operações foram mantidas em todas as áreas e o quadro de funcionários ampliado em 14% sobre 2019.
Contribuíram para o cenário positivo a rápida recuperação do mercado e o posicionamento da empresa no que se refere ao tipo de produto e à orientação do portfólio de médio e alto valor, com destaque para as lastras, revestimento de grandes dimensões - 1m x 2m e 1,2m x 2,5m -, lançadas em avant première em fevereiro do ano passado.
Investimentos realizados em comunicação, marketing e vendas, voltados ao posicionamento das marcas, também ajudaram na rápida reação da empresa. “Por meio do investimento constante em tecnologia que realizamos nos quatro últimos anos e nossa visão global de mercado, estivemos preparados para, apesar de toda a crise, superar as metas de forma global”, afirma Wuaden.
Nessa reação, as vendas ao varejo foram o ponto alto, uma vez que o segmento de construtoras não apresentou queda de atividade no período, especialmente no segundo semestre, como as lojas, que precisaram suspender as atividades. Mais tempo em casa, o consumidor voltou-se para melhorar os ambientes onde vive e que passaram a ter a função adicional de local de trabalho, estudo e lazer, gerando uma demanda adicional por produtos que tornam os ambientes mais agradáveis e funcionais.

Fotos: Divulgação