Em julho, número de famílias endividadas caiu na capital paulista
Texto: Redação Revista Anamaco
Dados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), elaborada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), revelam que, em julho, 70,7% das famílias que vivem na cidade de São Paulo estavam endividadas. O índice é menor que o registrado no mês anterior, quando 72,8% dos lares tinham algum tipo de dívida. Apesar disso, o nível, em termos históricos, ainda é alto.
O estudo mostra que, no período, o número de famílias com dívida em atraso voltou a crescer após quatro meses de instabilidade, atingindo 24,1% dos lares, ante 23,2% constatados no mês anterior. São 972,9 mil famílias inadimplentes, um aumento de 34,5 mil em apenas um mês.
A pesquisa indica que a alta foi registrada em todas as faixas de renda. Entre as famílias com receita de até dez salários mínimos, a variação passou de 28,2% para 28,9%, na comparação entre junho e julho. No grupo com renda superior, subiu de 10,6% para 11,8%, no mesmo paralelo.
Na análise da entidade, embora a inflação esteja cedendo (e até tenha se observado uma deflação) - cenário que permite aumento do poder de consumo -, o juro elevado ainda se faz presente. Por outro lado, a conjuntura mostra que o crédito se mantém farto no mercado financeiro, e as famílias estão aptas a continuar com o consumo.
No mês, houve aumento mensal no endividamento pelos carnês (de 12,4% para 13,2%). No crédito pessoal, a variação subiu de 11,8% para 12,4%, enquanto o percentual de endividados no cartão de crédito baixou de 84,8% para 82%.
Para os próximos meses, as tendências captadas pelas pesquisas da FecomercioSP são de redução da inadimplência e aumento de consumo. A base dessa conjuntura está na maior geração de emprego e, ao mesmo tempo, na inflação em queda, além do início do corte da taxa de juros no horizonte próximo.
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