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Em Londrina, o impasse continua

Texto: Redação Revista Anamaco

Em mais uma queda de braço entre a Prefeitura de Londrina (PR) e a Associação dos Comerciantes de Material de Construção de Londrina (Acomac Londrina), a entidade, que representa lojas de material de construção, tintas, ferragens, material hidráulico, entre outros segmentos, entrou na justiça para tentar reverter o horário de funcionamento dos pontos de venda na cidade.
Contrariando os decretos Estadual e Federal, que consideram o setor como essencial, a prefeitura local permite o funcionamento das lojas apenas em horário reduzido - das 10h às 16h. Dessa forma, a Associação tenta, judicialmente, reverter a decisão e voltar ao atendimento normal, das 8h às 18h.
Carlos Gallete Júnior, presidente da Acomac Londrina, explica que a entidade entrou com o segundo mandado de segurança. “Na primeira vez, ganhamos na primeira instância, mas o município recorreu e perdemos. Entramos com novo mandado em 27 de julho”, explica.
Em 27 de julho, o juiz Emil Gonçalves, da 2ª Vara da Fazenda Pública de Londrina negou o pedido da liminar da Acomac, justificando que nem o decreto Estadual nem o Federal estabelecem o horário de funcionamento do segmento, cabendo  ao gestor municipal editar as normas. Em 30 de julho, a Acomac Londrina recorreu novamente da decisão.
O executivo observa que a prefeitura de Londrina não reconhece o setor como essencial e não permite que as lojas abram conforme a permissão do alvará de cada uma. Ele lembra que foram feitas diversas reuniões com o prefeito Marcelo Belinati, que insiste que o varejo pode atender fora do horário pré-estabelecido, com delivery, take-away e drive-thru. “Para nós não funciona porque o cliente de material de construção é o prestador de serviços e não o consumidor final. É o profissional que levanta cedo, passa na loja para comprar o que precisa antes de ir trabalhar. O prefeito não tem esse entendimento. Ele não consegue enxergar que somos essenciais”, reforça.
O presidente da Acomac antecipa que a entidade está elaborando um questionário para medir o reflexo da redução do horário do funcionamento nas lojas. Gallete Júnior ressalta que já houve demissões. “Alguns revendedores sofrem pressão psicológica porque há uma fiscalização de polícia. Nossa preocupação, além da questão financeira, é com o abalo psicológico dos nossos lojistas”, finaliza.

Foto: Divulgação

Em Londrina, o impasse continua
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