Empresário industrial inicia 2022 menos confiante, apura CNI - Revista Anamaco

Confiança em baixa

Empresário industrial inicia 2022 menos confiante, apura CNI

Texto: Redação Revista Anamaco

O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI), da Confederação Nacional da Indústria (CNI), caiu 0,7 ponto em janeiro em relação a dezembro de 2021, passando de 56,7 pontos para 56 pontos. O recuo reverte o avanço do otimismo registrado na comparação entre novembro e dezembro do ano passado, também de 0,7 ponto. O ICEI varia entre 0 e 100, tendo uma linha de corte em 50 pontos. Dados acima de 50 indicam confiança e abaixo, falta de confiança.
O estudo mostra que, além de menos otimista que no final de 2021, o empresário também inicia 2022 menos esperançoso do que em outros anos. O ICEI de janeiro é inferior ao registrado nos mesmos meses de 2018 a 2021. O indicador ficou em 60,9 pontos em janeiro do ano passado e em 65,3 pontos em janeiro de 2020.
Dentro dos componentes do ICEI, o Indicador das Condições Atuais recuou 0,4 ponto e ficou em 49,6 pontos. De acordo com a pesquisa, por estar abaixo da linha divisória de 50 pontos, isso revela uma mudança de neutra para negativa na percepção dos empresários das condições atuais na comparação com os últimos seis meses. 
Quanto aos próximos seis meses, os entrevistados estão otimistas, porém menos que em dezembro. O Índice de Expectativas recuou 0,9 ponto na comparação entre os dois meses, ficando em 59,2 pontos.
Na avaliação de Marcelo Azevedo, gerente de Análise Econômica da CNI, os resultados se devem à frustração de expectativas diante do alto grau de incertezas do cenário econômico em 2022, influenciado pelo aumento de casos de Covid-19. Ele lembra que, no fim de 2021, havia uma esperança de melhora do ambiente econômico com a virada do ano. “O avanço da contaminação no Brasil, que tem levado ao afastamento de funcionários, assim como restrições adotadas por alguns países devido ao recrudescimento da pandemia, mina a confiança de uma continuidade da retomada econômica e normalização do acesso a insumos”, lamenta Azevedo.
A pesquisa considera as entrevistas com 1.209 empresários.

Foto: Adobe Stock

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