Empresários da construção pessimistas
Texto: Redação Revista Anamaco
O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) da construção subiu 0,3 ponto, de 49,3 pontos, em fevereiro, para 49,6 pontos, em março. No entanto, como continua abaixo dos 50 pontos, o ICEI mostra que os empresários do setor seguem pessimistas, o que se repete há três meses, revela a Sondagem Indústria da Construção, divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).
A pesquisa indica que os empresários avaliam as condições atuais das empresas e da economia piores do que há seis meses. Em relação à economia, eles continuam pessimistas para os próximos seis meses, mas veem com otimismo o futuro de curto prazo dos próprios negócios. “A construção ainda se beneficia dos juros mais baixos do início do ano passado e de mudanças no Minha Casa, Minha Vida, que permitiram ao setor fazer investimentos de longo prazo. No entanto, os empresários mostram bastante preocupação para os próximos meses, justamente por conta das taxas de juros elevadas, que afetam tanto a demanda quanto os custos do setor”, avalia Marcelo Azevedo, gerente de Análise Econômica da CNI.
O estudo também mediu as expectativas dos empresários da construção para alguns indicadores. Os índices de expectativas de abertura de empreendimentos e de número de empregados diminuíram 0,6 ponto, caindo para 52,7 pontos e 53,1 pontos, respectivamente.
Já o índice de expectativa de compra de insumos e matérias-primas se manteve praticamente estável, pois variou 0,1 ponto; agora em 52,6 pontos. O índice de expectativa de atividade continuou em 53,8 pontos.
O levantamento mostra que, apesar da oscilação, todos os indicadores seguem acima dos 50 pontos, sinalizando que os industriais do setor seguem com expectativa de crescimento para todas essas variáveis nos próximos seis meses.
A intenção de investimento da indústria da construção, por sua vez, avançou de 42 pontos para 42,8 pontos em março. A alta, no entanto, não foi suficiente para reverter a queda de 3,1 pontos de fevereiro. A intenção de investimento segue em patamar inferior ao que se viu no fim do ano passado.
Nesta edição da Sondagem, a CNI consultou 296 empresas, sendo 110 de pequeno porte; 126 médias e 60 grandes.
Foto: Adobe Stock