Empresários da indústria estão mais confiantes
O Índice de Confiança da Indústria (ICI), da Fundação Getulio Vargas (FGV), avançou 1% entre setembro e outubro ao passar de 105 para 106 pontos, o maior nível desde junho de 2011 (107,1). A evolução do ICI em outubro foi influenciada, principalmente, pela melhora das avaliações em relação ao momento presente.
O Índice da Situação Atual (ISA) avançou 1,7% para 106,8 pontos. Já o Índice de Expectativas (IE) registrou elevação de 0,3% em outubro, para 105,2 pontos. Os resultados sinalizam a continuidade da recuperação gradual no ritmo de atividade do setor industrial. O indicador de nível de estoques foi o que mais contribuiu para o crescimento do ISA.
Entre setembro e outubro, a parcela de empresas com estoques excessivos recuou de 6,1% para 5,6%, enquanto a proporção de empresas com estoques insuficientes aumentou de 2,1% para 4,1%. Este padrão de resultados é compatível com um quadro de normalidade de estoques na média da indústria.
O indicador de expectativas sobre a contratação de mão de obra nos meses seguintes registrou o maior impacto sobre o IE no mês, com uma alta de 1,7% em relação a setembro, ao passar de 109,9 para 111,8 pontos.
Apesar do avanço na margem, o indicador do quesito continua em nível relativamente baixo, mostrando que o ritmo de contratações da indústria ainda não foi significativamente influenciado pela aceleração da atividade do setor nos últimos meses. A proporção de empresas que esperam aumentar o total de pessoal ocupado passou de 20,3% para 24,5%, enquanto a parcela das que esperam diminuir a contratação também aumentou de 10,4% para 12,7%.
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) passou de 84,1% para 84,2% entre setembro e outubro, o maior patamar desde junho de 2011, mantendo-se acima da média histórica recente pelo terceiro mês consecutivo.