Economia

Os empresários do setor do comércio de bens e serviços estão mais otimistas com relação às condições atuais da economia e se mostram propensos a contratar.
De acordo com o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC), da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio), 74,89% afirmam que pretendem aumentar o quadro de funcionários, sendo que 9,88% pretendem aumentar muito o total de trabalhadores em suas empresas. Na comparação entre junho e julho, o indicador registrou alta de 4,2%, atingindo 124,3 pontos em uma escala que varia de 0 a 200 e denota otimismo quando acima dos 100.
A assessoria técnica da Fecomercio afirma que os empresários tendem a fazer uma avaliação do presente mais baseada nos rendimentos de seus negócios do que na economia como um todo e, por isso, a avaliação deles permanece positiva mesmo após a notícia de que o faturamento do comércio no primeiro semestre de 2011 registrou recuo de 0,3%.
O bom resultado do ICEC pode ser analisado como uma prévia do que foi o comportamento do consumidor e o total das vendas em julho. A percepção é ancorada pelo nível de emprego e renda, que está muito acima do patamar em que se encontrava no mesmo período de 2010.
O Índice de Expectativa do Empresário do Comércio (IEEC), componente do ICEC apontou elevação de 2,5%, chegando aos 154,8 pontos, enquanto o Índice de Investimento do Empresário do Comércio (IIEC) anotou um crescimento de 4%, totalizando 108,9 pontos. O resultado demonstra um descolamento na capacidade do empresário em vislumbrar um futuro e investir para que ele se concretize.
Para os próximos meses, a tendência é de que o índice não apresente variações muito amplas, permanecendo estável enquanto não houver uma mudança na política de restrição de crédito adotada pelo governo que vem limitando a capacidade de consumo das famílias.