Empresas lançam programa para inclusão social de pessoas trans e travestis
Texto: Redação Revista Anamaco
Um novo programa lançado em colaboração entre os grupos de diversidade das empresas Basf, LinkedIn, Natura e Visa pretende promover a inclusão social de pessoas trans e travestis por meio do trabalho, cultura, saúde e bem-estar.
Partindo da ideia de que “Somos Mais fortes em conjunto” (SOMA), a iniciativa pretende oferecer dez semanas de treinamento e desenvolvimento para mulheres trans e travestis que vivem no Centro de Acolhida Especial Casa Florescer em São Paulo (SP).
As ações deverão oferecer conteúdos e dinâmicas, em sua maioria virtuais, compartilhados de forma on-line para facilitar a transmissão do conhecimento e para respeitar o tempo de aprendizado de cada participante. Elas também receberão apoio para a busca de oportunidades no mercado de trabalho, inclusive com mentorias individuais junto aos grupos de afinidades das companhias.
A expectativa é que, ao final da jornada de desenvolvimento, as participantes tenham todas as ferramentas para planejar suas carreiras e se sintam preparadas para buscar uma colocação profissional de acordo com as áreas de interesse individuais.
Para estruturar essas iniciativas, foram mais de 11 meses de preparação, pesquisa e muita conversa com as moradoras da Casa Florescer, que ajudaram a criar o conteúdo, indicando temas e curiosidades que lhes despertavam interesse.
A startup Wakanda Educação foi convidada a formatar a pedagogia inclusiva, traduzindo os conteúdos para uma linguagem mais conhecida pelas participantes, como, por exemplo, fazendo uso do dialeto Pajubá, muito usado pela comunidade LGBTQIA+.
A jornada de aprendizado foi construída baseada em quatro pilares de conhecimento: Amabilidade (cultura, saúde e autocuidado); Autogestão (introdução à informática, educação financeira, matemática e escrita criativa), Socialização (comunicação eficaz, moda, técnica de vendas, primeiro currículo e primeira entrevista) e Resiliência Emocional (roda da vida, psicologia da felicidade e empoderamento).
A Basf contribuiu, também, com a ferramenta ChatClass, um aplicativo que vai dar suporte para as participantes e viabilizar que o conteúdo seja aprendido de acordo com o tempo de cada uma, respeitando sua individualidade. “Queremos apoiar essas pessoas a se desenvolverem com autoconhecimento, recebendo ferramentas práticas, despertando um senso de autonomia e pertencimento. E ainda há a possibilidade de envolver nosso ecossistema de parceiros, ampliando o potencial do programa”, afirma Carlos Henrique Almeida, coordenador de experiências Centro de Experiências Científicas e Digitais da Basf e o responsável por apresentar a ideia empresa.
Foto: Divulgação