Endividamento das famílias recua
Texto: Redação Revista Anamaco
Após 13 meses de alta, o número de famílias que relataram ter dívidas apresentou a primeira redução em janeiro. De acordo com a Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), apurada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o total de endividados no País alcançou 76,1% no mês, representando uma queda de 0,2 ponto percentual em relação a dezembro. Já na comparação anual, o indicador teve aumento de 9,6 p.p. A retração, segundo o estudo, pode ser explicada pelo encarecimento dos juros, que acabou freando a contratação de dívidas neste início de ano.
O presidente da CNC, José Roberto Tadros, avalia que, apesar da pequena queda mensal, a situação ainda merece atenção. “O endividamento segue em patamar elevado e essa redução é reflexo de um cenário desfavorável, em que o encarecimento do crédito pelos juros mais altos afeta a dinâmica de contratação de dívidas dos consumidores”, observa.
Na contramão do endividamento, a taxa de inadimplência apresentou alta. O indicador registrou crescimento mensal de 0,2 p.p. e anual de 1,6 p.p., atingindo 26,4% do total de famílias no País, o maior nível desde agosto de 2020 e a maior proporção para meses de janeiro observada na série histórica da Peic.
De acordo com a pesquisa, a parcela das famílias que declararam não ter condições de pagar suas contas ou dívidas em atraso e, portanto, permanecerão inadimplentes também apresentou leve expansão, de 0,1 p.p. Na comparação com janeiro de 2021, entretanto, o percentual registrou queda de 0,8 ponto.
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