Endividamento do paulistano permanece estável em março
A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) da Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio) registrou, em março, estabilidade no número de paulistanos endividados. O índice permaneceu em 48% na comparação com o mês anterior. Em relação ao mesmo período de 2007, o indicador atingiu 62%, uma queda de 14%. Já no que se refere ao nível de inadimplência - consumidores com contas em atraso - o índice ficou em 35%, alta de 3% em relação a fevereiro. A estabilidade no nível de endividamento é, na análise da entidade, reflexo da expansão da oferta de crédito e da renda, além do cenário econômico e da melhoria nos indicadores de emprego. Na análise do comprometimento da renda para o pagamento de dívidas, em março o índice permaneceu em 31%. A pesquisa mostra, ainda, que 71% dos consumidores pesquisados declararam a intenção de pagar total ou parcialmente suas dívidas em atraso, contra 70% em fevereiro. O levantamento analisou, também, o tempo de atraso das dívidas e constatou que para 37% dos consumidores o prazo é de até 30 dias, enquanto que para 27% o período é de 30 a 60 dias. Já para 11% o atraso é de 60 a 90 dias e para os outros 24%, o tempo de atraso das dívidas são superiores a 90 dias. Quanto aos motivos para a inadimplência, a falta de controle financeiro foi apontado por 39% dos consumidores, seguido pelo desemprego (21%). O cartão de crédito continua sendo o grande vilão das dívidas, segundo 43% dos consumidores, seguido pelos carnês (22%). Quando indagado sobre qual tipo de despesa mais afetou suas dívidas atuais, 17% apontaram os gastos com alimentação, seguidos por vestuário (13%) e eletrodomésticos (10%). A PEIC é apurada, mensalmente, pela Fecomercio junto a cerca de 1.360 consumidores no município de São Paulo.
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