Endividamento estável
Os paulistanos têm mantido seus gastos moderados neste início de ano. Isso é o que mostra a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).
Segundo o levantamento, 42,8% das famílias possuíam algum tipo de dívida em fevereiro, frente aos 42,4% apurados em janeiro. No mês, o número de famílias com contas em atrasos apresentou crescimento de 1,6 pontos percentuais e chegou a 12,1%. Entretanto, na comparação com fevereiro do ano passado, o indicador apresentou queda de 3,2 pontos porcentuais.
Dentre as famílias com contas em atraso, 48,3% delas têm contas vencidas há mais de 90 dias; 25,1% entre 30 e 90 dias; e 22,51% até 30 dias. A pesquisa mostra, também, que a proporção de famílias que acredita não ter condições de pagar total ou parcialmente suas contas no próximo mês ficou em 3,9%. Em fevereiro de 2011, esse percentual era de 4,4%.
O prazo médio de comprometimento da renda com dívidas é de mais de um ano para 27,5% dos paulistanos, entre três e seis meses para 27,4%, entre seis meses e um ano para 21,8%; e até três meses para 21%.
A pesquisa aponta, ainda, que 53,8% das famílias paulistanas têm de 11% a 50% da renda comprometida com o pagamento de dívidas. Para 23,5% das famílias endividadas esse comprometimento é menos de 10% da renda, enquanto que para 18,2% o comprometimento com o pagamento de dívidas é superior a 50%.
O cartão de crédito permanece como principal tipo de dívida, sendo utilizado por 67,5% das famílias analisadas. Em seguida, está a utilização de carnês (24,5%), crédito pessoal (15,3%) e financiamento de carro (12,4%).