Entidades repudiam atos antidemocráticos
Texto: Redação Revista Anamaco
Em editorial extra, publicado nas redes sociais, a jornalista e diretora de Redação da Revista Anamaco, Beth Bridi, repudia, com veemência os atos antidemocráticos ocorridos em Brasília no último domingo. Triste, criminoso, inadmissível, violento e revoltante foram algumas das palavras usadas pela jornalista, mas insuficientes e incapazes de definir as cenas que assistimos. “Brasília não merece. O Brasil não merece”, disse.
Em seu texto, Beth frisou que é preciso que os financiadores, participantes, organizadores e facilitadores sejam identificados e punidos, com o rigor da lei, em nome de um bem maior: a nossa liberdade!
Ela ressaltou que devemos dizer sim à opinião política, mas jamais ao emprego da força para expressar preferências políticas. “Nesta realidade só há um lado possível: o da democracia e da liberdade de imprensa com responsabilidade”, destacou.
Beth lembrou que um Brasil melhor, um setor forte, negócios valorosos e uma sociedade mais igualitária se constroem com trabalho, paz, competência, empatia e diversidade. “Nenhuma vontade, seja de direita ou de esquerda, pode suplantar a democracia”, pontuou.
No mesmo sentido, entidades sérias se posicionaram com um eloquente não aos atos antidemocráticos e, também, defendem a punição dos responsáveis. A Confederação Nacional da Indústria (CNI), em nota, esclareceu que é veementemente contra todo e qualquer tipo de manifestação antidemocrática e reforçou que os responsáveis pelos atos terroristas devem ser punidos na forma da lei de maneira exemplar. “O Brasil elegeu seu novo presidente da República democraticamente, pelo voto nas urnas. A vontade da maioria do povo brasileiro deve ser respeitada e honrada. Tais atos violentos são manifestações antidemocráticas e ilegítimas que atacam os três Poderes de maneira vil. O governo e as instituições precisam voltar a funcionar dentro da normalidade, pois o Brasil tem um desafio muito grande de voltar a crescer, gerar empregos e riqueza e alcançar maior justiça social”, afirmou Robson Braga de Andrade, presidente da CNI.
O SindusCon-SP também repudiou os injustificados ataques cometidos contra as instituições da República e o Estado Democrático de Direito. Em nota, a entidade destacou que, por buscarem implementar o terror e agredirem o ordenamento constitucional, os responsáveis por esses ataques e seus instigadores devem ser investigados, processados e, devidamente, submetidos ao rigor da lei. Segundo a nota, para além das medidas de responsabilização, urge, agora, que o País retome o caminho da normalidade diante das tarefas gigantescas que o Brasil tem pela frente.
Outras entidades também foram a público para reafirmar a confiança nas instituições democráticas e repudiar as cenas de vandalismo promovidas pelos manifestantes em Brasília. Em nota, a Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB), a Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp) e a Associação Comercial de São Paulo (ACSP) observaram que a depredação das sedes dos Três Poderes da República atenta contra instituições do Estado Democrático de Direito, que devem ser protegidas. “Manifestamos nosso repúdio em relação à invasão dos prédios públicos. Somente com democracia forte incentivaremos a livre iniciativa e o desenvolvimento da economia nacional”, pontuou Alfredo Cotait Neto, presidente da ACSP.
Por meio de suas redes sociais, o Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV) reforçou que condena qualquer tipo de manifestação com violência e vandalismo contra o Estado Democrático de Direito e reforçou seu compromisso com a democracia e com as instituições constituídas. A nota diz, ainda, que as autoridades devem apurar e responsabilizar, conforme a lei, os organizadores e participantes desses eventos inaceitáveis.
A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) ao reafirmar o próprio compromisso com os preceitos democráticos, também manifesta repúdio aos atos de depredação ocorridos, no último domingo, nas sedes dos Três Poderes, em Brasília. A entidade considera as ações, além de criminosas, prejudiciais à imagem do Brasil e ao crescimento da economia. Por isso, defende o cumprimento da lei para os envolvidos.
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil