Entidades solicitam volta do atendimento presencial
Texto: Redação Revista Anamaco - EDITADO ÀS 18H04
A Federação das Associações dos Comerciantes de Material de Construção de São Paulo (Fecomac-SP), por meio de seu presidente, Cássio Schiavo Tucunduva, elaborou uma carta ao governador de São Paulo, João Doria, em que ressalta o apoio às medidas emergenciais destinadas ao enfrentamento da pandemia de coronavírus e pede melhorias nas formas de atendimento ao consumidor das lojas de material de construção, que está limitado, até o dia 30 de março, ao delivery e ao drive-thru.
O documento, uma ação conjunta com a Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco), Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat), Associação Nacional dos Fabricantes de Cerâmica para Revestimentos, Louças Sanitárias e Congêneres (Anfacer), Associação Brasileira dos Fabricantes de Tintas (Abrafati), Associação dos Comerciantes de Material de Construção (Acomac) de todo o Estado e com algumas lojas do setor, deveria ser entregue em reunião presencial que estava agendada entre Doria e os presidentes das entidades, mas que foi cancelada.
As entidades entendem que o governo, nesse momento, não quer entrar em contato com associações de nenhum segmento econômico porque está consciente de que muitos pedidos virão para rever a decisão.
Dessa forma, a Anamaco e Fecomac-SP decidiram não entrar com nenhuma medida judicial, mas vão tentar levar a proposta por meio de forças políticas até o governo ou outro representante governamental que possa atender ao pleito das entidades. “Queremos evitar uma enxurrada de liminares”, reforça Tucunduva.
Ele destaca que a proposta é que as lojas mantenham as portas fechadas, mas voltem ao atendimento presencial, com aumento do distanciamento entre os clientes dentro do ponto de venda e com controle de entrada dos consumidores. “A ideia é que eles possam ir às lojas, mas que recebam um atendimento assistido e o mais rápido possível”, frisa.
O executivo explica que a expectativa é sobre as novas medidas restritivas que o governador Doria poderá anunciar, após novo recorde de mortes por coronavírus em todo o Estado e no Brasil. “Estamos temerosos de que essa solicitação possa, de alguma forma, ser afetada por toda essa situação que estamos vivendo”, explica.
O presidente da Fecomac-SP lembra que, embora o varejo do setor esteja funcionando, não está com força total pelo impedimento do cliente ir até a loja. Segundo ele, os revendedores começam a contabilizar prejuízos. “Nesses dois primeiros dias sem atendimento presencial, o faturamento das lojas especializadas em acabamento caiu para 25% e no geral, nas empresas de pequeno e médio portes, a queda foi ainda maior: cerca de 35%. Isso reflete em empregos e impostos em toda a cadeia produtiva”, lamenta, acrescentando que, caso o pleito não seja atendido, a expectativa de queda de faturamento, considerando lojas de todos os portes, nesse período entre 15 e 30 de março, é de 55%.
CONFIRA, NA ÍNTEGRA, A CARTA QUE SERÁ ENTREGUE AO GOVERNADOR JOÃO DORIA
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