Estoques da indústria atingem nível planejado
Texto: Redação Revista Anamaco
A Sondagem Industrial de outubro mostra desaquecimento da indústria. A pesquisa, realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), aponta para produção industrial estável, pequeno recuo da utilização da capacidade e redução no ritmo de crescimento do emprego. Os estoques, por sua vez, voltaram ao nível planejado pelos empresários.
O levantamento revela que o índice de evolução do nível de estoques foi a 50,5 pontos em outubro. Esse resultado é cinco pontos acima do registrado no mesmo mês de 2020. Esse indicador varia de 0 a 100, sendo que 50 pontos é a linha de corte que separa crescimento e queda dos estoques em relação ao mês anterior.
De acordo com o gerente de Análise Industrial da CNI, Marcelo Azevedo, esse resultado rompeu a sequência de 22 meses em que os estoques efetivos estavam abaixo do planejado, o que vinha acontecendo desde dezembro de 2019. Na comparação com outubro de 2020, momento crítico da falta de estoques no ano passado, o índice mostra aumento de 6,7 pontos. “A recuperação de estoques pode ser um alento para o empresário, pois reduz a pressão sobre a compra de insumos”, explica o economista.
O estudo mostra, ainda, que a produção industrial ficou estável na passagem de setembro para outubro. O índice de evolução da produção registrado no período foi de 50,1 pontos. É o segundo mês consecutivo de estabilidade da produção, após quatro meses consecutivos de alta.
O emprego industrial continuou crescendo, mas em ritmo bem mais moderado que nos meses anteriores. O índice de evolução do número de empregados alcançou 50,4 pontos. O indicador manteve-se acima dos 50 pontos e ainda mostra alta do emprego em relação ao mês anterior. Entretanto, ao se aproximar da linha divisória, o índice mostra que a alta do emprego está mais restrita e menos intensa que nos meses anteriores. No último ano, o indicador permaneceu acima dos 50 pontos em todos os meses analisados, exceto em abril, quando o índice alcançou exatamente 50 pontos.
Para chegar aos resultados, a CNI entrevistou 1.907 empresas, sendo 760 pequeno porte, 672 médias e 475 grandes.
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