Estudo realizado pela CNDL e SPC Brasil mostra otimismo entre os empresários
Texto: Redação Revista Anamaco
Os empresários dos ramos do varejo e de serviços estão otimistas com o segundo semestre. Depois dos primeiros seis meses do ano difíceis, um estudo realizado em todas as capitais pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) revela que 44% apostam em um cenário econômico melhor do País na segunda metade do ano em relação à primeira. Enquanto 38% acreditam que será igual e apenas 14% estimam um quadro pior.
Os entrevistados também têm uma expectativa favorável quanto ao desempenho do próprio negócio: 55%. Já um terço (33%) estima que o segundo semestre se manterá no mesmo patamar do primeiro.
O estudo mostra, ainda, que 49% tiveram de fazer cortes no orçamento, como a demissão de funcionários (36%). Além disso, 28% tiveram que reduzir o mix de produtos ou serviços.
Por outro lado, o levantamento aponta que metade dos entrevistados (50%) não acredita em um crescimento da economia nos próximos meses - um aumento significativo na comparação com o ano passado (39%). Em outra frente, 40% avaliam que a economia poderá avançar.
Mais da metade dos empresários prevê aumento das vendas; 52% dos pessimistas com próprio negócio estimam que economia ruim vai comprometer suas atividades
Entre os que estimam uma melhor situação para sua empresa no segundo semestre, 46% dizem estar otimistas quanto a uma melhora do cenário e 33% esperam ampliar sua carteira de clientes. Nessa onda de confiança, mais da metade dos empresários brasileiros (51%) espera ter uma receita superior ao primeiro semestre. Para 36%, o comércio deve seguir igual e 9% acreditam em um volume de vendas menor.
Ainda como reflexo da tímida retomada da economia, a pesquisa revela que entre os empresários que vislumbram um cenário pior para a própria empresa, 52% enxergam que o fato de a situação econômica permanecer ruim irá comprometer os negócios, além de prejudicar as vendas (33%). De acordo com o estudo, 60% dos entrevistados pretendem seguir projetos traçados para 2018, com destaque para ampliação do negócio ou lançamento de produtos.
A pesquisa identificou que a economia fraca não deverá impedir o andamento de projetos para a segunda metade do ano. Se no primeiro semestre o percentual de empresários que adiaram os planos previstos foi de 31%, principalmente por falta de recursos financeiros, para os próximos meses 60% dos varejistas sinalizaram que pretendem seguir com os projetos já traçados.
Em um claro sinal de que a maior parte do empresariado ainda se mantém cautelosa em relação à lenta recuperação da economia brasileira, 72% pensam em manter o número de colaboradores. Em outra frente, somente 17% desejam ampliar seu quadro de pessoal durante esse período e outros 6% querem reduzir sua equipe de colaboradores.
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