Eternit faz chamada para aumento de capital e anuncia novidades - Revista Anamaco

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Eternit faz chamada para aumento de capital e anuncia novidades

Texto: Redação Revista Anamaco

A Eternit entra no segundo semestre com novidades. A empresa anuncia ações voltadas à expansão das vendas no segmento de coberturas, ao avanço da produção industrial da primeira geração de telhas fotovoltaicas do Brasil, aprovada pelo Inmetro e ao programa de modernização de seu parque fabril de telhas de fibrocimento.
Segundo a empresa, a Eternit conquistou 99,5% de adesão à sua chamada para aumento de capital, que resultou na captação de R$ 46,6 milhões, valor que deverá garantir os investimentos previstos no plano estratégico. Com a chamada de capital, que ainda deverá ser homologada pelo Conselho de Administração, o fabricante passa a ter capital social de mais de  R$ 385 milhões, representado por cerca de R$ 51 milhões de ações ordinárias, nominativas, escriturais e sem valor nominal. “O resultado da chamada de capital foi extremamente positivo e demonstra a confiança que os acionistas têm no nosso plano estratégico visando a sustentabilidade e a recuperação da rentabilidade da empresa”, observa Luís Augusto Barbosa, presidente do Grupo Eternit.
Segundo ele, a  totalidade do valor arrecadado será direcionada a investimentos nas fábricas e linhas de produtos. “O objetivo de fazer essa subscrição agora foi garantir que o plano de investimentos não atrasasse nem fosse comprometido por uma eventual retração econômica provocada pela pandemia de coronavírus no País”, completa o executivo.
Barbosa revela que, do montante arrecadado, R$ 5,8 milhões deverão destinados ao projeto fotovoltaico e o restante para o programa de modernização do parque industrial de fibrocimento, que consiste em modernizar as fábricas de Colombo (PR), Rio de Janeiro (RJ), Simões Filho (BA), Goiânia (GO) e Manaus (AM).
O projeto fotovoltáico, inclusive, é uma das grandes apostas da Eternit. O executivo explica que essa será a primeira geração de telhas fotovoltaicas do Brasil, capazes de transformar a luz solar em energia elétrica a partir de células fotovoltaicas aplicadas diretamente nas telhas, sem a necessidade de painéis adicionais. “O modelo em concreto desenvolvido no Brasil pela empresa (Tégula Solar) é o único aprovado pelo Inmetro e o desenvolvimento do processo de industrialização está acelerado. O projeto também inclui a homologação do modelo em fibrocimento (Eternit Solar)”, revela.
Já neste mês de julho, a fábrica da Eternit em Atibaia (SP) inicia a produção industrial das telhas fotovoltaicas, com capacidade total de 11 MWp/a (ou 11 Megawatts-pico ao ano) em geração de energia. Para tanto, a unidade recebeu a instalação de equipamentos nacionais e importados e adaptou sua infraestrutura para lançar a fabricação da nova linha de produtos de alta tecnologia.
Segundo a empresa, os testes que vêm sendo realizados em parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e a Universidade de São Paulo (USP) têm apresentado resultados animadores. “Os testes de desempenho e durabilidade das nossas telhas fotovoltaicas, chicotes e conexões elétricas têm trazido informações valiosas e comprovando que estamos no caminho certo. Para termos também uma certificação internacional de qualidade, enviaremos, em breve, o produto, agora produzido em processo industrial, para testes em um laboratório de referência na Alemanha”, antecipa Barbosa.
De acordo com o executivo, serão instalados vários projetos-piloto durante o segundo semestre deste ano em parceria com clientes selecionados, em locais residenciais, comerciais e de agronegócio. Já a comercialização para o grande público em todo o País está prevista para o primeiro semestre do ano que vem.

Foto: Divulgação

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