Balanço positivo

Texto: Redação Revista Anamaco

A Eternit S.A. apresentou nesta terça-feira, 09 de maio, relatório financeiro sobre o exercício do primeiro trimestre de 2023. Segundo os dados divulgados, o EBITDA Recorrente totalizou R$ 42 milhões, representando um crescimento expressivo de 86%, e a margem EBITDA Recorrente de 14% representou um ganho de sete pontos percentuais (p. p.) na comparação com quarto trimestre de 2022.
A recuperação no desempenho operacional e financeiro da empresa foi impulsionada, principalmente, pelo crescimento no volume de vendas no segmento de fibrocimento, principal negócio da companhia.
A empresa registrou Receita Líquida de R$ 296 milhões e Lucro Bruto de 84 milhões, superior em 6% ao valor do último trimestre do ano passado, atingindo a margem bruta de 28%, superior em três p.p. ao valor registrado no trimestre anterior. O Lucro Líquido alcançou R$ 22 milhões de janeiro a março, o que significa crescimento de 57% em relação ao quarto trimestre de 2022. “O forte desempenho comparado ao trimestre anterior é sustentado por um aumento nas vendas de telhas de fibrocimento, principalmente no pequeno e médio varejo. Além do aumento da demanda, conseguimos ampliar nossa Margem Bruta em 28% (3 p.p.) e Margem EBITDA Recorrente em 14% (7 p.p.) frente ao último trimestre de 2022”, explica Luís Augusto Barcelos Barbosa, CEO da Eternit. 
Nesse cenário, o segmento de fibrocimento que considera, além das telhas, a produção integrada de fibra de polipropileno, representou 69% do faturamento da empresa, encerrando o período com vendas de 164,4 mil toneladas e superando em 4% o volume de vendas registrado no primeiro trimestre do ano passado.
Segundo Barbosa, a melhor eficiência no processo industrial, com aumento de rendimento e redução de quebras, permitiu Margem Bruta de 24% no período, crescimento de 4 p.p. frente ao quarto trimestre de 2022.
Já o segmento de sistemas construtivos, que engloba placas e painéis cimentícios, registrou um volume de vendas de cerca de 4,1 mil toneladas, um recuo de 11% em relação ao mesmo período do ano passado, mas uma recuperação de 10% frente ao 4T22.
Na operação de mineração e beneficiamento de crisotila foram exportadas cerca de 46,4 mil toneladas da fibra de janeiro a março, representando um crescimento de 14% em relação ao mesmo período de 2022. “Toda a produção da fibra crisotila é destinada ao mercado externo. No 1T23, a margem bruta das exportações atingiu 40%, aumento de três p.p. frente ao 1T22, fruto da elevação do preço da fibra em decorrência do mix de produtos comercializados no período e da redução do custo logístico”, frisa o executivo.
Barbosa observa que os bons resultados da empresa no primeiro trimestre do ano, mesmo em um mercado menos favorável do que em 2021 e 2022, mostram a solidez do processo de reestruturação que a Eternit concluiu recentemente e vêm gerando os recursos necessários para sustentar os investimentos no ciclo de crescimento que está sendo desenvolvido.
No primeiro trimestre, os investimentos da companhia somaram R$ 28 milhões, sendo os recursos destinados da seguinte maneira: 75% para projetos estratégicos (nova fábrica de fibrocimento no Ceará, telhas fotovoltaicas e projeto de ampliação da unidade de fibra de PP em Manaus) e 25% para investimentos em continuidade operacional.
Já foram investidos cerca de R$ 81 milhões dos R$ 165 milhões estimados no projeto greenfield da nova unidade de telhas de fibrocimento em Caucaia (CE), que tem previsão de início de operação no segundo semestre, com uma capacidade inicial de produção de 6,5 mil toneladas por mês.
A Eternit destaca, ainda, o progresso nas atividades do projeto de desgargalamento da unidade de Manaus (AM), responsável pela produção da fibra de polipropileno. As obras estão dentro do cronograma, sendo que os equipamentos já foram adquiridos e os serviços de implantação contratados. A conclusão do projeto de ampliação da capacidade produtiva da unidade para 18 mil t/a está prevista para o final do ano.
Ainda no primeiro trimestre, a companhia seguiu efetuando vendas das telhas solares de concreto (Tégula Solar), totalizando 42 kWp no período e cerca de 213 kWp desde o início da comercialização do produto. “Em relação ao desenvolvimento da telha solar de fibrocimento (Eternit Solar), depois do projeto piloto bem-sucedido no confinamento bovino em Mato Grosso do Sul, demos início à instalação do produto em sua nova fábrica de fibrocimento localizada no Ceará. O projeto contemplará um gerador fotovoltaico com potência de 300 kWp, respondendo por cerca de 25% do consumo de energia elétrica da unidade industrial quando em operação”, finaliza.

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