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Texto: Redação Revista Anamaco

A Eternit S.A. acaba de apresentar seu relatório financeiro do 4º trimestre e exercício do ano de 2024. De acordo com os dados divulgados, a empresa registrou Receita Líquida de R$ 1,16 bilhão, o que representa um incremento de 2,9% frente a 2023.
No quarto trimestre do ano passado, o crescimento do mesmo indicador se comparado ao 4T23 foi de 1,5%, totalizando R$ 286,6 milhões. O endividamento bruto em 2024, por sua vez, totalizou R$ 126,3 milhões, apresentando redução de 12% em comparação ao fechamento de 2023.
Em 2024, a companhia encerrou um ciclo de três anos de investimentos de, aproximadamente, R$ 500 milhões, com destaque para a aquisição da concorrente Confibra, a ampliação de 50% da capacidade de produção de sua fábrica de fibra de polipropileno, localizada em Manaus (AM), e a inauguração de uma nova planta de fibrocimento em Caucaia (CE). “Saímos da Recuperação Judicial maior do que ingressamos, com uma capacidade de produção de telhas de fibrocimento de 100 mil t/mês, representando um crescimento de cerca de 45% do nosso parque fabril. Com a estabilização da forma de pagamento dos credores da Classe I em agosto, a Eternit encerrou, definitivamente, este capítulo da sua história. Foi um período de grande aprendizado, no qual a companhia sai ainda mais fortalecida e preparada para novos desafios”, destaca Paulo Roberto de Oliveira Andrade, CEO da Eternit.
Na análise por segmento, o de fibrocimento - que considera, além das telhas, a produção integrada de fibra de polipropileno -, as vendas totalizaram 633,2 mil toneladas em 2024, uma alta de 2,5% sobre o mesmo período do ano anterior. Na análise do 4T24, foram comercializadas cerca de 156 mil toneladas, 0,9% menor que o 4T23. De acordo com o executivo, o destaque é a fábrica de Caucaia. Operando desde março de 2024, a planta alcançou sua capacidade máxima instalada, de sete mil t/mês. “Esse desempenho ocorreu mesmo em um cenário desafiador de retração de vendas em âmbito nacional para todo o setor, o que fortalece a posição estratégica da Eternit no Nordeste”, pontua Andrade.
Já o segmento de sistemas construtivos, que engloba placas e painéis cimentícios, registrou seis mil toneladas vendidas no 4T24, representando crescimento de 21,7% frente ao 4T23. No consolidado de 2024, as vendas somaram, aproximadamente, 24 mil toneladas, superando em 20% o mesmo período de 2023. “Hoje, este é o grande ponto de inovação e diversificação de produtos da Eternit. Apoiada na crença de que a construção a seco representa o futuro da construção civil no país, estamos ampliando nosso portfólio, estudando parcerias e soluções demandadas por este mercado, e destinando recursos relevantes à área, visando a fabricação de produtos customizados”, reforça o CEO. 
Na operação de mineração e beneficiamento de crisotila, as exportações da fibra somaram 37 mil toneladas, retração de 19,1% em relação ao 4T23. O consolidado de 2024, totalizou cerca de 167 mil toneladas, redução de 11,6% frente a 2023. No acumulado de 2024, o Lucro Bruto totalizou R$ 168,4 milhões, crescimento de 8,5% frente a 2023. Já no 4T24, o mesmo indicador totalizou R$ 45,3 milhões, retração de 5,1% contra o 4T23, e a margem bruta das exportações atingiu 46,7%.
O executivo lembra que, ao longo dos últimos cinco anos, a Eternit buscou de forma incessante alternativas para tornar mais competitiva a linha de produtos fotovoltaicos Tégula Solar, Eternit Solar e Eternit Leaf. “Essa linha de produtos não se mostrou viável, mesmo depois de todos os esforços desprendidos nesse objetivo. Desta forma, após uma análise criteriosa, a companhia decidiu descontinuar este segmento. O movimento teve influência do mercado de placas fotovoltaicas oriundas da China que, historicamente, vem reduzindo o preço de seus produtos de forma recorrente, e mais fortemente no último ano, afetando todo o mercado fotovoltaico nacional”, finaliza.

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