Expansão Matcon - Programa Casa Verde e Amarela - Revista Anamaco

Cenários Anamaco

Expansão Matcon - Programa Casa Verde e Amarela

Texto: Redação Revista Anamaco

Na sequência da série Talks, o tema escolhido pela Associação Nacional dos Comerciantes Material Construção (Anamaco) para a videoconferência realizada ontem (03/09), no canal de YouTube da entidade, foi: "Expansão Matcon - Programa Casa Verde e Amarela". O encontro virtual contou com a mediação do superintendente da Anamaco, Waldir Abreu, e teve a participação do presidente da entidade, Geraldo Defalco. Para a conversa, foram convidados o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), José Carlos Martins e o presidente da Associação dos Comerciantes de Material de Construção do Maranhão (Acomac Maranhão), Robério Lemos
A CBIC tem o objetivo de tratar das questões ligadas à Indústria da Construção e ao Mercado Imobiliário e de ser a representante institucional do setor no Brasil e no exterior. A entidade reúne 92 sindicatos e associações patronais do setor da construção, presentes nas 27 unidades da Federação. 
Já a Acomac Maranhão, ligada à Anamaco, tem como principal função proporcionar aos associados benefícios diretos e indiretos, representando-os junto às empresas e organizações do setor, como as indústrias, além de instituições financeiras, de apoio ao varejo e aos exercícios dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.
O que motivou a escolha do tema da live foi o fato do Programa Casa Verde e Amarela ter sido lançado, recentemente (dia 25/08), pelo Governo Federal. O programa é uma reformulação do "Minha Casa Minha Vida", com foco na regularização fundiária e na redução da taxa de juros, para aumentar o acesso dos cidadãos ao financiamento da casa própria. A meta é atender a 1,6 milhão de famílias de baixa renda, com moradia digna e a promessa de menor taxa de juros da história para financiamentos. 
No início, o superintendente da Anamaco lembrou que programas como o Casa Verde e Amarela contribuem, sensivelmente, para redução do déficit habitacional brasileiro, que atinge cerca de oito milhões de pessoas e beneficiam setores como o de material de construção em geral. 
Em seguida, Defalco acrescentou que uma das preocupações da Anamaco é se aproximar de entidades que possam pleitear junto ao Governo Federal a implantação de projetos que de fato contribuam para a melhoria das habitações, favorecendo a construção civil, a indústria e o varejo do setor de material de construção. "Outro foco da entidade é a criação de programas para beneficiar o consumidor final, para que ele tenha acesso ao crédito para construir ou melhorar sua moradia. Contamos com o apoio da CBIC neste projeto", disse Defalco.
Para o presidente da Acomac Maranhão, o Programa Casa Verde e Amarela deve beneficiar uma grande parcela de brasileiros, lembrando que milhões de pessoas vivem em imóveis sem registro e terão a oportunidade de regularizar esta situação, o que contribuirá inclusive para que este imóvel sirva de garantia para aquisição de empréstimos. "Muitas famílias que entraram em moradias próprias começaram com o chamado 'puxadinho' e, por conta da informalidade, não têm como comprovar renda para conseguir empréstimos. Um programa como o Casa Verde e Amarela, que traz essa possibilidade de regularização, pode fazer a economia girar. Uma obra, por exemplo, demanda trabalho de pedreiros, eletricistas, encanadores, entre vários profissionais, que ganham poder de compra, contribuindo para o aquecimento da economia", opinou Lemos.

    
                                  GERALDO DEFALCO                                            ROBÉRIO LEMOS                                 JOSÉ CARLOS MARTINS

O presidente da CBIC ressaltou que o Casa Verde e Amarela traz duas mudanças substanciais: a baixa da taxa de juros e a regularização fundiária. Com a redução das taxas de juros para o tomador final de empréstimo nas faixas de renda mais baixas, aumentando a capacidade de compra das pessoas. "Quando você baixa os juros, você aumenta a capacidade de compra das pessoas. Ou seja, com a mesma prestação, ao invés de comprar 100 mil, compra 110, 120 mil. São 10 ou 20 mil a menos na necessidade de subsídio. Nunca houve falta de recursos para financiamento no Fundo de Garantia. O que existe é falta de recursos para subsídio, porque as pessoas não têm capacidade de compra, o imóvel não cabe no bolso delas. Quando se reduz juros e a a necessidade de subsídio, com o mesmo volume de subsídios, você constrói mais casas. Então isso é uma grande sacada", analisou Martins. Para ele, isso vai permitir construir com o mesmo dinheiro de subsídio, 350 mil unidades a mais do que havia na meta. 
O presidente da CBIC acrescentou que a Lei de Regularização Fundiária permitirá que sejam regularizadas áreas passíveis deste procedimento - não podem ser áreas de risco ou insalubres - e, segundo estatísticas, quando há dois imóveis iguais, o regularizado vale 50% a mais. "Pense bem o que, em uma canetada, vai se incorporar de patrimônio para as famílias, que poderão usar isso como garantia de crédito, inclusive para melhorar a sua casa. Isso vai abrir um mercado enorme", enfatizou. 

Fotos: Reprodução da Internet

Expansão Matcon - Programa Casa Verde e Amarela
Compartilhe esse post:

Comentários