Expectativa de forte crescimento
A Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) refaz as projeções de desempenho do comércio, que era de crescimento nas vendas de 8,5%, para mais de 10% em 2010, com queda significativa da inadimplência e elevação do tíquete médio.
A forte expansão do emprego - que aumentou o nível de confiança e atenuou o medo do trabalhador em perder seu emprego - e a forte queda na taxa de juros nos empréstimos para empresas e pessoas físicas são os principais responsáveis pela benéfica mudança do comportamento do setor. "A tendência é de melhora expressiva na comercialização de bens de maior valor. Quando os juros, os indicadores de desemprego caem e a confiança de manutenção do emprego atual sobe, a consequência é a forte expansão das vendas a prazo. O comércio passa a conceder mais crédito com prazos mais longos e o consumidor que vinha adiando as compras de bens duráveis, com medo de perder o emprego, agora se sente seguro para comprar em maior número de prestações. udo isso acarreta a queda da inadimplência, o aumento do tíquete médio e puxa para cima o faturamento do varejo", explica Roque Pellizzaro, presidente da CNDL.
Ele ressalta que esses resultados se devem ao sólido sistema financeiro, inflação sob controle e aos programas sociais que possibilitaram significativa transferência de renda, maior participação no consumo das classes C e D, além da volta às compras das classes A e B, paralisadas no período da crises.
A migração das classes de renda mais baixa para patamares mais altos tem provocado novas estratégias das empresas no mercado para atingir este público. Entre 2003 e 2008, 25,9 milhões de pessoas entraram na classe média.