Expectativa empresarial para os próximos anos
Texto: Redação Revista Anamaco
O que o próximo governo deve fazer para estimular a geração de empregos? De acordo com a pesquisa Agenda de Prioridades, encomendada ao Instituto FSB Pesquisa, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), a maioria dos empresários brasileiros (56%) acredita que a medida mais importante é realizar a Reforma Tributária. Segundo eles, além do modelo complexo e ineficiente de cobrança de impostos, que freia o crescimento da economia, os altos tributos e a falta de qualificação profissional são gargalos para ampliar as oportunidades de trabalho no País.
Na opinião de 48% dos executivos, é preciso reduzir os impostos sobre a folha de pagamentos e 35% apontaram, também, entre as principais medidas para gerar emprego, a necessidade de fortalecer a capacitação profissional. “O complexo e oneroso sistema de cobrança de impostos do País inibe a produção de todos os setores econômicos e dificulta a geração de empregos e de renda para os brasileiros. A Reforma Tributária é fundamental para acelerar o ritmo de crescimento da economia e, por isso, deve ser uma prioridade para o próximo governo”, afirma Robson Braga de Andrade, presidente da CNI.
Os entrevistados apontaram, ainda, como medidas relevantes para a geração de empregos, a liberação de crédito para as empresas investirem e/ou expandirem a sua capacidade produtiva (29%) e a realização de novos aperfeiçoamentos na legislação trabalhista (25%).
O estudo mostra que os empresários reconhecem a relevância da formação dos jovens brasileiros para o crescimento da indústria e para o desenvolvimento do País. Dessa forma, para um em cada três entrevistados, a educação deve ser a principal prioridade do presidente eleito nos próximos quatro anos.
O segundo tópico mais citado foi saúde pública (26%) e na terceira posição aparece crescimento econômico, tendo sido apontado por 20% dos entrevistados. Em seguida, aparecem redução de impostos (14%) e geração de emprego (12%). “A educação de qualidade em todos os níveis é um dos pilares fundamentais para a construção da cidadania e da prosperidade das nações. Só com educação de qualidade vamos preparar pessoas capazes de interpretar os avanços tecnológicos e propor soluções inovadoras”, afirma Andrade.
A urgência em investir em educação e saúde acompanha a avaliação dos empresários sobre as áreas que mais pioraram nos últimos quatro anos: as duas áreas aparecem no topo da lista, com 22% e 21% das citações, respectivamente. Os próximos tópicos que os entrevistados destacaram como aqueles com desempenho abaixo, mas com percentuais menores, foram inflação (9%) e segurança pública (7%).
Em relação ao futuro do País, a expectativa é positiva: sete em cada dez empresários estão otimistas ou muito otimistas. Um percentual ainda maior (77%) está otimista quanto ao futuro da indústria brasileira. Sobre a economia, 69% disseram que deve melhorar um pouco ou muito nos próximos quatro anos.
A pesquisa ouviu 1.001 executivos de empresas industriais de pequeno, médio e grande portes de todas as regiões do País. As entrevistas, feitas por telefone, foram realizadas entre os dias 10 e 24 de agosto de 2022.
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