Expectativas moderadas
24/05/2016
A intenção de consumo da população de São Paulo não foi praticamente alterada no momento subsequente à posse do presidente interino Michel Temer e sua equipe, segundo sondagem efetuada por alunos e professores do curso de Graduação em Ciências Sociais e do Consumo da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM SP).
O levantamento, realizado entre os dias 13 e 15 de maio, com 822 respondentes, via consulta por internet, mostrou que 48,5% dos participantes estão otimistas em relação ao afastamento da presidente Dilma Rousseff.
No entanto, o número de pessoas que se disseram pessimistas também é alto, 35,5% e, os indiferentes representam mais 15,9%.
Nesse universo, entre os homens, 55% estão otimistas, 27% pessimistas e 18% indiferentes. As mulheres são mais pessimistas que os homens, uma vez que esta foi a resposta de 40%, contra 45% otimistas e 15% indiferentes.
Questionados sobre como a vida financeira pode ser impactada pelo novo governo, praticamente a metade entende que ficará pior e cerca de 30% esperam melhora. Também neste quesito, as mulheres demonstraram-se muito mais céticas: 56% disseram não saber e 21% acreditam que pode piorar, enquanto que 41% dos homens não sabem e 15% acreditam que vai piorar.
O clima se reflete na intenção de compra: quase 70% dos respondentes declararam não possuir planos de consumo que estivessem em compasso de espera, aguardando a mudança do governo. Mais uma vez as mulheres foram um pouco mais incisivas: 71% das mulheres e 64% dos homens formam este grupo.
Entre os que estavam aguardando a mudança do governo para consumir, este primeiro momento ainda não inspira confiança para sua realização, pois apenas cerca de 38% pretendem fazê-lo agora. Neste pequeno grupo que pretende consumir, 46% são homens e apenas 32% são mulheres.
O público mais jovem, até 20 anos, assim como os homens, também é mais otimista: 51% ante 47% das pessoas entre 20 e 40 anos e 48% das pessoas acima de 40 anos. Chama a atenção também o número de pessoas pessimistas na faixa acima de 40 anos: 39%, contra 32% entre as pessoas com menos de 20 anos.