Famílias com menor renda querem consumir
Texto: Redação Revista Anamaco
De acordo com pesquisa realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a Intenção de Consumo das Famílias (ICF) começou 2023 em alta. Com crescimento de 1,3% em janeiro, descontados os efeitos sazonais, o índice alcançou 93,9 pontos, o maior nível desde abril de 2020.
A perspectiva de consumo nos próximos três meses se destacou com a maior alta em janeiro (+2,7%), indicando que os consumidores em geral esperam condições de consumo melhores à frente.
A pesquisa indica que a avaliação da renda atual também melhorou: o índice avançou 2%, em janeiro, na comparação com o mês anterior, e 31,8% comparativamente a janeiro de 2022. Desde outubro do ano passado, o indicador permanece na zona positiva, acima dos 100 pontos.
Segundo o levantamento, do total de consumidores, aproximadamente, 35% avaliam a renda hoje como melhor do que no mesmo período do ano passado. Em janeiro de 2022, apenas 20% tinham essa avaliação positiva.
O estudo revela, ainda, que a maior intenção de consumo em janeiro vem das famílias de menor renda. Embora o indicador desse grupo esteja abaixo dos 100 pontos, na zona negativa (91,2 pontos), é o maior desde abril de 2020 e cresceu 1,9% neste mês. Esses consumidores de rendas média e baixa acreditam que as condições de consumo vão melhorar nos próximos meses.
Por outro lado, as famílias de maior renda entraram em 2023 mais frustradas com a conjuntura econômica e menos dispostas a gastar: a intenção de consumo caiu 1% entre eles. Os consumidores desse grupo estão menos satisfeitos com o nível de consumo atual, pois estão pagando mais caro pelos serviços em geral, também estão mais descontentes com a perspectiva profissional e com o acesso ao crédito, que está mais caro e seleto.
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