Famílias reduzem endividamento - Revista Anamaco

Endividamento e inadimplência

Famílias reduzem endividamento    

Texto: Redação Revista Anamaco

De acordo com a Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o percentual de famílias que relataram ter dívidas a vencer (cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, crédito consignado, empréstimo pessoal, cheque pré-datado e prestações de carro e casa) reduziu para 78,5% em julho, abaixo do verificado em junho, contudo acima do referente a julho do ano passado (78,1%).
Na análise da entidade, esse resultado revela que as famílias estão ficando mais cautelosas com o crédito, após estabilidade no mês passado. Esse freio na percepção de endividamento se deu pela redução do percentual de pessoas que se consideram “muito endividadas”, alcançando 16,5%, o menor percentual desde dezembro de 2021. Enquanto o daquelas que se sentem “pouco endividadas” aumentou para 33,8%, o maior percentual desde setembro de 2022.
A pesquisa indica, ainda, que o percentual de famílias com dívidas em atraso não teve alteração, permanecendo em 28,8%. Já o percentual de famílias que não terão condições de pagar as dívidas em atraso recuou para 11,9%, nível menor do que no mês passado e em relação a julho de 2023.
O estudo também mostra que diminuiu o percentual dos consumidores que possuem mais da metade dos rendimentos comprometidos com dívidas, uma queda de 0,7 p.p. na comparação mensal, atingindo 19,7%, o menor percentual desde julho de 2023.
O percentual médio de comprometimento da renda com dívidas foi de 29,6% em julho, sendo o quinto mês com retração nesse nível, revelando que as famílias estão comprometendo um valor cada vez menor em pagamento de dívidas.
Além disso, elas buscam prazos cada vez mais longos para pagamento das suas contas. Tanto que o percentual de famílias comprometidas com dívidas por mais de um ano avançou para 33,6%, o maior nível desde março de 2022. O prazo médio das dívidas em julho foi de sete meses. 
Nesse cenário, o cartão de crédito continuou tendo a maior participação no volume de endividados no mês, sendo utilizado por 86,0% do total de devedores; contudo, houve retração de 0,4 p.p. na comparação com junho e aumento de 0,1 p.p. diante de julho de 2023.
Já carnês continuaram perdendo representatividade na carteira de crédito dos consumidores (-0,3% frente a junho e -0,9 p.p. em relação ao ano passado). Enquanto o financiamento imobiliário apresentou o maior crescimento anual (+1,4 p.p.). Esse foi o maior percentual de utilização dessa modalidade (9,1%) desde fevereiro de 2022.

Foto: Adobe Stock

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