Faturamento do varejo mais concentrado
O faturamento do comércio varejista nacional está cada vez mais concentrado nas maiores empresas, é o que revela estudo da Serasa Experian, com base no faturamento líquido anual das empresas varejistas espalhadas por todo o território brasileiro.
De acordo com o estudo, o índice de Theil-L padronizado, que vai numa escala de 0 a 1, na qual 0 significa igualdade total, isto é, todas as lojas tem a mesma participação no mercado, e 1 significa concentração total, quando apenas um estabelecimento detém todo o mercado, atingiu o valor 0,931 em 2008, recorde de toda a era-Lula, ou seja, desde 2003.
Na amostra, foram estudados cinco segmentos varejistas: supermercados e hipermercados; móveis e eletroeletrônicos; tecidos, vestuário, calçados e acessórios; veículos; material de construção, segmentos de grande representatividade no comércio geral. O índice de 0,931 refere-se à consolidação dos três primeiros ramos varejistas - supermercados e hipermercados; móveis e eletroeletrônicos; tecidos, vestuário, calçados e acessórios - a qual a pesquisa denomina "Varejo Parcial", em razão de várias destas empresas transitarem pelos três segmentos.
A análise mostrou que o segmento de maior concentração, em 2008, foi o de móveis e eletroeletrônicos; seguido pelo de tecidos, vestuário e calçados; supermercados e hipermercados; material de construção; e veículos; respectivamente.
As lojas de material de construção e de veículos registraram índices de concentração mais reduzidos. Mas, no setor de material de construção houve trajetória de aumento de concentração, podendo ser explicada também pela expansão do crédito favorecendo os grandes estabelecimentos, além de movimentos de importantes fusões e aquisições neste segmento.
Para a elaboração deste estudo foram utilizadas informações de, aproximadamente, 9.800 empresas comerciais (média anual) que, em 2008, registraram um faturamento líquido acumulado de R$ 268,9 bilhões.