Faturamento menor na indústria
Texto: Redação Revista Anamaco
A Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat) divulgou, hoje, a nova edição da sua pesquisa Índice, elaborada pela Fundação Getulio Vargas (FGV) com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apresentando os dados de faturamento do setor.
O estudo indica que, em novembro, o faturamento deflacionado das indústrias de material de construção registrou queda de 0,5% em relação a outubro. Já na comparação com o mesmo mês do ano passado, a retração é de 2,3%. Devido a sequência de resultados negativos, a projeção para o fechamento de 2023 foi revista para queda de 2,3%.
O levantamento aponta, ainda, os dados consolidados de outubro. No período, a indústria do setor registrou faturamento 2,4% menor do que o observado em outubro de 2022. Nesse cenário, o material básico teve queda de 0,5% e o de acabamento recuo de 5,2% na base de comparação interanual.
Rodrigo Navarro, presidente da Abramat, observa que, apesar do PIB do Brasil ter avançado 0,1% no terceiro trimestre e das previsões apontarem para um crescimento próximo de 3% neste ano, a indústria do setor e a atividade da construção não acompanharam esse crescimento. “Fatores como preço do material de construção, que se estabilizaram, mas seguem mais altos do que a inflação; o elevado nível de endividamento das famílias; a taxa de juros decrescente, mas em patamar ainda elevado; e a mudança de comportamento do consumidor, que direcionou seus recursos para o setor de bens e serviços após a pandemia, contribuem para a queda”, explica.
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