Manifesto

Texto: Redação Revista Anamaco

A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) divulgou hoje, 10 de setembro, o Manifesto “A Praça é dos Três Poderes”, assinado por 247 entidades representativas do setor produtivo brasileiro. Inicialmente previsto para ser emitido em 31 de agosto, o documento sofreu adiamento para depois do dia 07 de setembro a pedido do presidente da Câmara dos Deputados Arthur Lira, após o mal estar causado entre a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), a Caixa Econômica Federal, o Banco do Brasil e a própria Fiesp. A publicação chegou a ser suspensa por Paulo Skaf, presidente da Fiesp, mas agora o documento finalmente se torna público.
O manifesto destaca que a representação arquitetônica da Praça dos Três Poderes expressa a independência e a harmonia entre o Legislativo, o Executivo e o Judiciário, que essa é a essência da República e que o espaço foi construído formando um triângulo equilátero.
Os vértices são os edifícios-sede de cada um dos Poderes. Essa disposição, segundo o texto, deixa claro que nenhum dos prédios é superior em importância, nenhum invade o limite dos outros, um não pode prescindir dos demais e que a harmonia entre eles tem de ser a regra.
A publicação reforça que esse princípio está presente de forma clara na Constituição Federal, pilar do ordenamento jurídico do País. Diante disso, é primordial que todos os ocupantes de cargos relevantes da República sigam o que a Constituição impõe.
O Manifesto conta com o apoio de  associações empresariais e da sociedade civil, entre elas várias que representam o setor de material de construção, como  Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco), Associação Nacional dos Fabricantes de Cerâmica para Revestimentos, Louças Sanitárias e Congêneres (Anfacer), Associação Paulista das Cerâmicas de Revestimento (Aspacer), Sindicato da Indústria de Tintas e Vernizes do Estado de São Paulo (Sitivesp), Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV) e Associação Brasileira da Indústria de Equipamentos e Serviços para o Varejo (Abiesv). 
O documento frisa que todas essas entidades veem com grande preocupação a escalada da tensão entre as autoridades públicas e destaca que o momento exige de todos serenidade, diálogo, pacificação política, estabilidade institucional e, sobretudo, foco em ações e medidas urgentes e necessárias para que o Brasil supere a pandemia, volte a crescer de forma sustentada e continue a gerar empregos.
O Manifesto reforça que a mensagem não se dirige a nenhum dos Poderes especificamente, mas a todos simultaneamente, pois a responsabilidade é conjunta. "Mais do que nunca o momento exige aproximação e cooperação entre Legislativo, Executivo e Judiciário. É preciso que cada um atue com responsabilidade nos limites de sua competência, obedecidos os preceitos estabelecidos em nossa Carta Magna. Esse é o anseio da Nação brasileira", diz o texto.
Waldir Abreu, superintendente da Anamaco, observa que os desafios para os empresários já são muitos e o que menos se precisa é de desentendimentos entre os três poderes da nação. “A harmonia nesse momento é fundamental para buscarmos soluções negociadas entre os poderes para superar as elevações de custos industriais e operacionais do varejo, preços dos diversos produtos e serviços para reformas e construção e o elevado nível de endividamento das famílias. A retomada econômica ainda não começou para aliviar a pressão sobre o cidadão brasileiro”, destaca.

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