Geração própria de energia solar atinge R$ 28 bilhões em investimentos no País
Texto: Redação Revista Anamaco
De acordo com levantamento realizado pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), o Brasil acaba de ultrapassar a marca de 600 mil unidades consumidoras com geração própria de energia a partir da fonte solar. Desde 2012, a modalidade representa mais de 5,5 gigawatts de potência instalada operacional, sendo responsável pela atração de mais de R$ 28 bilhões em novos investimentos ao País, agregando mais de 166 mil empregos acumulados no período. “A energia solar terá função cada vez mais estratégica para o atingimento das metas de desenvolvimento econômico e ambiental do País, sobretudo neste momento, para ajudar na recuperação da economia após a pandemia, já que se trata da fonte renovável que mais gera empregos no mundo”, aponta Rodrigo Sauaia, CEO da Absolar.
Segundo a Associação, embora tenha avançado nos últimos anos, o Brasil - detentor de um dos melhores recursos solares do planeta - continua atrasado no uso da geração própria de energia. Dos mais de 86,3 milhões de consumidores de energia elétrica do País, menos de 0,7% já faz uso do sol para produzir eletricidade, limpa, renovável e competitiva.
Para a entidade, a aprovação do marco legal da modalidade será o melhor caminho para evitar retrocessos e democratizar a geração própria. O marco legal está pronto para votação na Câmara dos Deputados, por meio do Projeto de Lei (PL) nº 5.829/2019, de autoria do deputado federal Silas Câmara e relatoria do deputado federal Lafayette de Andrada.
Os dados da Absolar mostram que, em número de unidades consumidoras usando geração própria de energia solar, os consumidores residenciais estão no topo da lista, representando 74,9% do total. Em seguida, aparecem os setores de comércio e serviços (15,5%), produtores rurais (7,0%), indústrias (2,3%), poder público (0,4%) e outros tipos, como serviços públicos (0,03%) e iluminação pública (0,01%).
A geração própria de energia solar já está presente em 5.297 cidades e em todos os Estados brasileiros. Entre os cinco municípios líderes estão Cuiabá (MT), Brasília (DF), Uberlândia (MG), Teresina (PI) e Rio de Janeiro (RJ), respectivamente. “A energia solar tem ajudado a baratear a conta de luz de todos os brasileiros com a redução do uso de termelétricas fósseis, caras, poluentes e responsáveis pela terrível bandeira vermelha, além de reduzir as perdas elétricas e os investimentos em infraestrutura, que também são cobrados nas faturas de energia”, comenta Ronaldo Koloszuk, presidente do Conselho de Administração da entidade.
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