Sustentabilidade

Texto: Redação Revista Anamaco

Em mapeamento inédito “Tese de Impacto Socioambiental em Reciclagem”, Artemisia e Gerdau analisam o cenário de reciclagem no Brasil, principais desafios, tendências, boas práticas e enumeram as 13 oportunidades para empreender negócios com impacto socioambiental positivo.
De acordo com o estudo, o lixo excessivo e o esgotamento de recursos naturais são alguns dos grandes desafios ambientais do nosso tempo; são, também, consequência de mais de um século de atividade econômica negligente às limitações de recursos do planeta. Diante da gravidade da situação, a Economia Circular tem se consolidado como uma via possível, entretanto, demanda uma mudança sistêmica que desafia as sociedades a substituir a lógica de extração-produção-descarte para um novo modelo produtivo. Pensar no resíduo como um recurso é um dos pontos de partida para ativar a circularidade da economia; no Brasil, significa parar de “enterrar dinheiro” e enxergar oportunidades de negócio, de empregos e de novos mercados dentro da Economia Verde.
Luciano Gurgel, diretor-executivo da Artemisia, frisa que a questão ambiental é, talvez, uma das mais crônicas da nossa era. Segundo ele, enquanto não se chega ao ideal do ‘lixo zero’, garantir que a gestão dos resíduos gerados seja feita de forma adequada, minimizando riscos ambientais e à saúde das populações, é um dever social, ético e moral. “A reciclagem é uma das ações que nos coloca em direção a uma economia mais circular e, apesar de ser uma ação de impacto transformadora, o Brasil ainda tem muito a avançar nessa agenda”, explica.
Gurgel comenta que apenas 5% do material potencialmente reciclável chega a ser, de fato, reciclado no Brasil. “Assistimos, ainda, a geração de resíduos crescer, a persistência dos lixões e a histórica desvalorização dos profissionais de reciclagem. Na prática, estamos falhando em seguir princípios básicos e precisamos ganhar eficiência na forma como utilizamos os recursos ambientais e trazer melhores condições ao elo vulnerável do setor”, completa.
O executivo observa que a urgência do tema é tanta que os mais diversos atores sociais devem se engajar para garantir as transformações urgentes e necessárias. “Os negócios de impacto não poderiam ficar de fora desse chamado. Este é um setor ávido por inovação. A Tese é parte da nossa contribuição para dar luz aos problemas e mostrar caminhos consistentes para empreendedores, apontando como os negócios de impacto podem se inserir neste contexto”, pontua.
Paulo Boneff, líder de Responsabilidade Social na Gerdau, reforça que, por meio do seu processo de reciclagem, a empresa impacta positivamente milhares de pessoas, que atuam em cooperativas e pequenos negócios ligados à sua cadeia produtiva. “Resolver os entraves relacionados à reciclagem é fundamental para que possamos evoluir na aplicação do conceito de Economia Circular no dia a dia dos negócios. A Tese elaborada pela Artemisia funciona como um diagnóstico do setor e dos seus desafios, com um olhar clínico sobre como solucioná-los”, finaliza.
O levantamento contou com o apoio da Associação Brasileira de Embalagem de Aço (Abeaço), CEMPRE, Coca-Cola Brasil, Hub de Economia Circular, Pimp my Carroça, SAP e Tigre. O conteúdo na íntegra pode ser acessado pelo site. 

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