Gerdau vai investir R$ 6 bilhões em Minas Gerais nos próximos cinco anos
Texto: Redação Revista Anamaco
A Gerdau acaba de anunciar um plano de investimento de R$ 6 bilhões em Minas Gerais nos próximos cinco anos, para modernização, atualização tecnológica e ampliação de suas operações locais. O aporte reforça o compromisso da empresa com o desenvolvimento sustentável, econômico e social do Estado e deverá gerar mais de seis mil novos postos de trabalho diretos e indiretos.
De acordo com o que foi apresentado, os investimentos estão divididos em três eixos: crescimento, atualização tecnológica e diversificação, tendo o aprimoramento das práticas ambientais como premissa transversal ao programa. Trata-se de um plano que pretende contemplar todas as regiões onde a Gerdau possui atuação, beneficiando dezenas de municípios mineiros, em atividades de produção de aço, mineração, produção de energia renovável e a atividade de florestas plantadas.
Dois importantes investimentos na ampliação da produção de aço ocorrerão em Ouro Branco (MG), onde a companhia possui sua principal usina produtora. A partir do aporte, a unidade terá a capacidade anual de produção de bobinas a quente ampliada em 250 mil toneladas/ano, com o início da produção previsto para início de 2024.
Além disso, está ampliando a produção de perfis estruturais em 500 mil toneladas/ano, dobrando a atual capacidade, e com início da produção projetado para 2025. Com isso, a Gerdau visa seguir atendendo ao crescente consumo dos setores consumidores destes produtos no Brasil e na América Latina. “A nova capacidade de bobinas a quente nos permitirá entregar aço com cada vez maior valor agregado aos nossos clientes. Por sua vez, a produção adicional de perfis estruturais, segmento no qual somos pioneiros no Brasil desde os anos 2000, está alinhada à nossa estratégia de desenvolvimento da indústria de construção metálica, contribuindo para uma maior produtividade dos segmentos imobiliário, industrial e de infraestrutura”, diz Marcos Faraco, vice-presidente da Gerdau.
Gustavo Werneck, diretor-presidente (CEO) da Gerdau, destaca que os investimentos também serão alocados no aprimoramento de práticas ambientais e modernização tecnológica no âmbito da Indústria 4.0 de todo o seu parque industrial da empresa em Minas Gerais, incluindo não somente a unidade de Ouro Branco, mas as plantas localizadas nos municípios de Barão de Cocais, Divinópolis e Sete Lagoas.
Segundo ele, para essas unidades, há um plano arrojado de uso de ferramentas digitais de controle de processo e decisão, ampliação dos sistemas de automação, uso de ferramentas para ganhos de eficiência energética, aumento da eficiência hídrica e, também, modernização dos equipamentos de controle de emissão de particulado, o que trará impactos ambientais positivos para as comunidades vizinhas à essas operações. “Este ciclo de investimentos em Minas Gerais é parte da estratégia global de crescimento da Gerdau e reflete as nossas iniciativas de inovação e a evolução da nossa estratégia de sustentabilidade. Com este aporte, também buscamos a sustentação da competitividade dos nossos negócios no Estado, aumentando, ainda mais, a parceria virtuosa com a sociedade mineira, criando oportunidades futuras na região, neste ano, em que a companhia completa 120 anos de história”, afirma.
A Gerdau investirá, ainda, no crescimento e modernização de sua base de florestas renováveis de eucalipto, em 20%, para a produção de carvão vegetal, o chamado biorredutor, utilizado para a produção de aço, em substituição ao carvão mineral de origem fóssil. A empresa já possui uma base florestal, entre plantios de eucalipto e áreas de preservação, em Minas Gerais, de 250 mil hectares em dezenas de municípios, o que contribui para que as operações de produção de aço da empresa tenham média de emissões de CO2 abaixo da média mundial do setor.
Já em suas atividades de mineração, os investimentos incluem a descaracterização da barragem dos Alemães, localizada em Ouro Preto, a adoção de tecnologias de empilhamento a seco de rejeitos e a sustentabilidade econômica da produção de minério de ferro. Com isso, a Gerdau deverá eliminar o uso de barragens em suas operações.
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