Governo aprova plano de ações - Revista Anamaco

Nova Indústria Brasil

Governo aprova plano de ações

Texto: Agência Brasil

O Governo Federal aprovou um plano de ações para estimular o desenvolvimento do setor industrial brasileiro. Chamado Nova Indústria Brasil (NIB), o plano tem, como centro, metas e ações que, até 2033, pretendem estimular o desenvolvimento do País por meio de estímulos à inovação e à sustentabilidade em áreas estratégicas para investimento.
Tudo, segundo o Planalto, a partir de um amplo diálogo entre o governo e o setor produtivo em direção à chamada neoindustrialização - modernização e evolução da indústria. O texto da NIB foi oficialmente apresentado ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, nesta segunda-feira (22) pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI).
Em seu discurso, Lula frisou que, para se tornar mais competitivo, o Brasil tem de financiar algumas das coisas que ele quer exportar. “Essa reunião mostra que, finalmente, o Brasil juntou um grupo de pessoas que vai fazer com que aconteça uma política industrial. E que muito dela virá por meio de parcerias entre a iniciativa privada e o poder público. Que a gente possa cumprir isso que a gente escreveu no papel”, acrescentou.
A nova política prevê o uso de recursos públicos para atrair investimentos privados. Entre as medidas, a criação de linhas de crédito especiais; subvenções; ações regulatórias e de propriedade intelectual, bem como uma política de obras e compras públicas, com incentivos ao conteúdo local, para estimular o setor produtivo em favor do desenvolvimento do País.
A expectativa é de que, colocadas em prática, essas medidas resultem na melhoria do cotidiano das pessoas, no estímulo ao desenvolvimento produtivo e tecnológico; e na ampliação da competitividade da indústria brasileira, além de nortear o investimento, promover melhores empregos e impulsionar a presença qualificada do país no mercado internacional.
Serão destinados R$ 300 bilhões em financiamentos para a nova política industrial até 2026. Além dos R$ 106 bilhões anunciados na primeira reunião do CNDI, em julho, outros R$ 194 bilhões foram incorporados, provenientes de diferentes fontes de recursos redirecionados para dar suporte ao financiamento das prioridades da Nova Indústria Brasil.
Geraldo Alckmin, vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, disse que a nova política posiciona a inovação e a sustentabilidade no centro do desenvolvimento econômico, estimulando a pesquisa e a tecnologia nos mais diversos segmentos, com responsabilidade social e ambiental.
Leonardo de Castro, vice-presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e presidente do Conselho de Política Industrial e Desenvolvimento Tecnológico, disse que o dia de hoje, com o anúncio do plano de ações, pode entrar para a história, com uma política moderna que redefine escolhas para um desenvolvimento sustentável.
Segundo ele, há sinais claros de mudanças positivas para o País. “O cenário é positivo, com a retomada da política industrial e com várias medidas tomadas para o fortalecimento da indústria nacional. Sabemos que este é um plano em construção, e que ele só terá sucesso quando construído com intensa participação dos setores envolvidos. O setor empresarial precisa contribuir e a CNI reafirma seu compromisso com a retomada da política industrial do Brasil”, acrescentou.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

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