Grupo Prysmian usa cobre ecológico na fabricação de cabos elétricos no Brasil
Texto: Redação Revista Anamaco
O Grupo Prysmian passa a incorporar o uso do cobre ecológico na fabricação de cabos elétricos em suas plantas industriais no Brasil. Alinhada com a ambição de se posicionar entre as grandes referências na condução da transição energética e digital do planeta, a medida consiste em utilizar cobre reciclado em parte de seus produtos.
De acordo com a empresa, para assegurar a qualidade e procedência do produto, o Grupo desenvolveu um processo de homologação da matéria-prima, afastando qualquer estigma em relação a práticas de mercado que sempre colocaram em risco a qualidade e a idoneidade dos cabos elétricos que utilizam cobre reciclado.
Além de não afetar a qualidade e a eficiência dos produtos da companhia, atributos reconhecidos consecutivas vezes pelo mercado há décadas, a atitude simboliza uma necessária mudança de perspectiva sobre a utilização do cobre não reciclado.
Assim como o petróleo, elementos como cobre, alumínio e níquel, são recursos naturais finitos. Uma pesquisa da consultoria Wood Mackenzie estima que, além do que já é produzido atualmente, serão necessárias mais 90 milhões de toneladas de cobre para atender a demanda dos próximos 20 anos.
Entretanto, minerar e fundir o cobre primário consome mais energia e emite mais CO2 do que quando é preciso reciclá-lo. Ainda segundo a Wood Mackenzie, a mineração emite de 2,3 a 2,5 toneladas de carbono por tonelada de metal, enquanto a fundição acrescenta outra 1,65 tonelada. A reciclagem do cobre, por outro lado, pode diminuir as emissões relacionadas à sua fabricação em até 65%.
Na avaliação do Grupo, a reutilização do cobre é a maneira mais eficaz de atender à demanda por eletrificação das próximas décadas, puxada, sobretudo, pela massificação dos carros elétricos, das instalações de energia renovável (solar e eólica, principalmente), e a conexão delas às linhas de transmissão e distribuição.
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