Hábitos do consumidor na internet
O futuro do e-commerce ainda é uma grande incógnita quando o segmento em questão é o varejo de material de construção. Algumas revendas do setor há muito tempo fizeram suas apostas e estão colhendo os frutos - e superando as barreiras - do pioneirismo. Enquanto diversos setores já assimilaram as vendas on line, o segmento da construção ainda tem dúvidas sobre a viabilidade dos negócios pela internet.
Diante desse cenário, que sugere mais dúvidas do que certezas e com o objetivo de tentar responder algumas das questões que ainda cercam o comércio eletrônico de material de construção, a Revista Anamaco, em parceria com a Associação Nacional dos Fabricantes de Cerâmica para Revestimento (Anfacer), encomendou uma pesquisa inédita ao Ibope Inteligência.
O levantamento, realizado junto a consumidores do segmento de material de construção tem como meta saber em que estágio eles se encontram quando o assunto é o e-commerce. Em que patamar se encontram? Como agem? O que vale para os outros setores da economia também pode ser aplicado no varejo de material de construção?
O resultado da pesquisa, que foi apresentado em primeira mão durante o 8º Fórum Internacional de Arquitetura e Construção, realizado em março em São Paulo, ganhou também as páginas da revista, sendo a matéria de capa da edição 205.
A pesquisa traçou um perfil dos internautas pesquisados para saber quais são seus hábitos antes de efetuar uma compra, se pesquisam, onde pesquisam, em que circunstâncias vão às lojas de material de construção, quando utilizam a internet, conhecem os sites das revendas do setor, entre outros questionamentos.
O universo da pesquisa é composto por homens e mulheres acima de 18 anos, que frequentam lojas de material de construção, acessam a internet e efetuaram alguma compra on line de qualquer tipo de produto nos últimos 12 meses.
O levantamento permitiu que muitas perguntas fossem respondidas. No entanto, a questão maior ainda gera muitas discussões: "É possível vender material de construção pela internet?". Quem já está oferecendo seu mix aos consumidores pelo comércio eletrônico garante que há espaço para o setor. No entanto, muitos ajustes ainda vêm sendo feitos para que as vendas on line sejam um sucesso no varejo da construção.
Por outro lado, quem ainda não se rendeu às facilidades da rede, ainda aguarda o melhor momento e o caminho mais adequado para atingir o internauta. No setor, ainda há muito debate em torno desse tema. Há os que acreditem que poucos itens do segmento são passíveis de vendas on line. Enquanto outros disponibilizam todo o seu portfólio nas suas lojas virtuais e afirmam que o comércio eletrônico é um diferencial do seu negócio.
Diante de tantas opiniões distintas, a pesquisa chegou a um consenso: o e-commerce de material de construção, apesar de algumas experiências, ainda encontra-se em fase embrionária e as lojas físicas não devem deixar de existir e serão o principal canal de compras nos próximos anos.